A animação Wish tentou retomar a magia dos estúdios Disney. Você percebe isso especialmente na direção de arte, que é realmente deslumbrante, imitando a arte de tradicionais livros de contos de fadas com uma definição de imagem em 4K. Por algum tempo fica difícil afastar os olhos da tela.
Outra coisa boa é que Wish, produzido em 2023, não é tão explícitamente “woke” quanto outras produções recentes da Disney. O filme, que marca o centenário da empresa, tenta retomar o espírito de fantasia dos desenhos mais tradicionais.
Wish (na Disney+) conta a história de uma garota chamada Asha, que vive num reino chamado Rosas. Em Rosas, todos entregam seus sonhos ao rei Magnifico, que os guarda em bolhas azuis – mas não deixa que se realizem. Asha descobre que as estrelas podem realizar nossos sonhos. E o rei não gosta disso.
Logo Wish mostra suas falhas. As músicas são frágeis, intermináveis e a gente esquece delas antes que acabem. Os personagens falam demais num tom de histeria que não tem nada de mágica. Sinal de mais esse equívoco da Disney é a nota média dada ao filme por quase 28 mil usuários do site IMDb: 5,6 (em 10). A uma certa altura de Wish nosso único desejo é o de dar um stop no controle remoto.