Para driblar os impactos da crise hídrica e garantir o fornecimento de eletricidade nos próximos anos, A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), realizou na segunda-feira 25 o primeiro leilão simplificado para contratação de energia.
Chamado de Procedimento Competitivo Simplificado (PCS), ele resultou na contratação de quase 800 megawatts médios e mais de 1,20 gigawatt de potência.
O suprimento deve ser feito entre maio de 2022 e dezembro de 2025 e envolve 17 projetos, com custo fixo de R$ 39 bilhões até 2025.
“Os recursos contratados contribuirão para o robustecimento do sistema e a recuperação dos níveis dos reservatórios das hidrelétricas, com preços menores do que os atualmente praticados nos recursos adicionais acionados”, disse o Ministério de Minas e Energia em nota.
A negociação buscou contratar energia para auxiliar na recuperação do nível de água dos reservatórios das usinas hidrelétricas, que, devido às mudanças climáticas, enfrentam a pior estiagem dos últimos 90 anos. Com essa oferta, seria possível preservar o volume de água sem haver perda de energia para o consumidor.
O PCS foi uma recomendação da nova Câmara de Regras Excepcionais para Gestão Hidroenergética. A Aneel estimou que o PCS resultou na economia de quase R$ 475 milhões, e que os investimentos movimentem cerca de R$ 5,3 bilhões.
Do total envolvido, a maior parte foi destinada à contratação de serviços de 14 usinas termelétricas movidas a gás natural, dois empreendimentos de energia solar e um para biomassa.