No início desta segunda-feira, 8, as ações da Boeing na Bolsa de Frankfurt e no pré-mercado dos Estados Unidos caíram quase 8% depois que Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA) ordenou a suspensão temporária de alguns jatos 737 Max 9 depois que um avião do modelo perdeu sua “porta falsa” durante um voo.
O incidente ocorreu na última sexta-feira, 5, com o Boeing 737 Max 9 da companhia Alaska Airlines em pleno voo em Portland, no Oregon. Também chamada de “tampão de porta” (“door plug”, em inglês), trata-se de uma porta desativada que é facilmente identificada do lado de fora do avião por ter uma janela e um contorno de saída de emergência.
Em resposta, a FAA suspendeu 171 voos com aeronaves Boeings 737 Max 9 até a realização de uma inspeção imediata obrigatória. As ações de fornecedores e clientes da Boeing também estão sendo afetadas por causa das suspensões dos voos, segundo o jornal O Globo.
Fornecedores e clientes da Boeing também enfrentam queda nas ações
Os papéis da Spirit AeroSystems Holdings, que fabrica a fuselagem do 737, apresentaram queda de 16% nas negociações de pré-mercado norte-americano. As ações da Alaska Airlines caíram 5% e as da United Airlines, que também usa aviões do modelo, tiveram perda de 2,8%.
A causa do problema no avião Boeing 737 Max 9 da Alaska Airlines não estava claro até o início do último sábado, 8. Keith Tonkin, diretor administrativo da Aviation Projects, empresa de consultoria de aviação, disse que uma diferença excessiva na pressão do ar dentro e fora da cabine poderia ter causado a quebra da porta falsa.
O avião era novo e foi certificado em novembro, segundo o registro da FAA. Ele entrou em serviço no mesmo mês e até o incidente no Oregon havia realizado 145 voos. Representantes da Alaska Airlines, da FAA e do Conselho Nacional de Segurança nos Transportes dos EUA disseram que estão investigando o que aconteceu.
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