O preço do aluguel residencial subiu mais do que o triplo da inflação no primeiro semestre de 2024, de acordo com o Índice FipeZAP de Locação Residencial. O aumento acumulado foi de 8,02%, enquanto o IPCA, índice oficial de inflação do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), registrou 2,48% no mesmo período.
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Das 25 cidades monitoradas pela pesquisa, 24 apresentaram alta nos aluguéis, que são baseados em anúncios na internet. Nos últimos 12 meses, o índice acumulou um crescimento de 14,86%. No primeiro trimestre, os aluguéis já subiam mais do que o dobro da inflação.
Imóveis de um dormitório lideram aumentos
Os imóveis de um dormitório lideraram o aumento nos primeiros seis meses do ano, com um crescimento de 9,57% e um valor médio de R$ 60,26/m². São Paulo se destacou como a cidade com o aluguel mais caro entre 11 capitais, seguida por Florianópolis, Recife e Rio de Janeiro.
Em junho, o aluguel registrou uma alta de 1,43%, ao mostrar uma aceleração em comparação com maio, quando o aumento foi de 1,25%.
Economista explica aumento de aluguel acima da inflação
Paula Reis, economista do DataZAP, explicou que esse cenário resulta de “um aumento real do aluguel por metro quadrado”. Conforme a especialista, esse índice ainda pode subir no próximo semestre caso o mercado de trabalho se mantenha “estável ou melhore ainda mais”.
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“Cabe notar que, no mesmo período do ano passado, a variação do índice foi de 9,24%, enquanto do IPCA era de 2,87%”, comparou a economista. “Ou seja, o crescimento nominal e real do índice em 2024 estão menores do que em 2023”.
Para o encerramento de 2024, a Paula Reis prevê que tanto o índice de locação quanto o do mercado de trabalho serão menores que os registrados no ano anterior.