A Amazon registrou o primeiro prejuízo líquido trimestral desde 2015. O balanço financeiro divulgado na quinta-feira 28 revelou que, entre janeiro e março deste ano, a empresa teve um prejuízo de US$ 3,8 bilhões, em comparação ao mesmo período do ano passado (quando lucrou US$ 8,1 bilhões).
A queda foi puxada pela participação da Amazon na empresa de veículos elétricos Rivian, cujo valor de mercado caiu 65% nos primeiros meses de 2022.
O resultado é reflexo de um impacto generalizado dos efeitos da alta inflação, da guerra da Ucrânia e da descontinuidade da cadeia de suprimentos sobre o mercado de tecnologia, segundo reportagem do jornal Wall Street Journal.
A alta de vendas nas compras on-line da Amazon também perdeu a tração observada nos últimos dois anos, com o mês de março registrando a primeira queda no número de vendas do comércio eletrônico em relação ao ano anterior.
A Amazon registrou US$ 116,4 bilhões em receita de janeiro a março deste ano, um aumento de 7% em comparação ao mesmo período de 2021 (o crescimento mais lento em duas décadas).
O CEO da Amazon, Andy Jassy, foi otimista com os resultados para o próximo trimestre, enquanto a empresa se readapta aos “desafios incomuns” apresentados nos últimos meses.
“Trabalhamos com as pressões inflacionárias e da cadeia de suprimentos, mas vemos um progresso encorajador em várias dimensões da experiência do cliente, incluindo o desempenho da velocidade de entrega”, disse Jassy, no comunicado, ao destacar também o serviço de nuvem.
“Agora estamos nos aproximando dos níveis não observados desde os meses imediatamente anteriores à pandemia”, afirmou.
O resultado não agradou aos investidores no pós-mercado, com as ações da Amazon na Bolsa de Valores dos Estados Unidos recuando quase 10% depois do anúncio.