Pela quarta vez, a Americanas adiou a divulgação das suas demonstrações financeiras. A publicação deveria ter ocorrido na manhã desta segunda-feira, 13, mas a empresa reagendou para a quinta-feira 16, “antes da abertura de mercado”.
De acordo com a varejista, os balanços de 2021 e 2022 já estão prontos, mas necessitam da aprovação das “instâncias internas”, o que não teria acontecido em tempo hábil.
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Em recuperação judicial, com dívidas de R$ 42,5 bilhões, a empresa afirmou que foi “vítima de uma fraude sofisticada e muito bem arquitetada”. Segundo a varejista, a situação tornou a compilação e análise de suas demonstrações financeiras históricas “uma tarefa extremamente desafiadora e complexa.”
O presidente da Americanas, Leonardo Coelho, e a diretora financeira e de relações com investidores, Camille Loyo Faria, pretendem reunir os investidores em uma teleconferência, possivelmente na quinta-feira.
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Na reunião, devem mostrar os resultados e atualizar o mercado sobre o processo de recuperação judicial. Além disso, eles irão apresentar qual é o plano estratégico que está sendo projetado para o futuro da companhia.
Credores
Os balanços da Americanas são importantes para que a empresa varejista e os credores finalizem o acordo sobre o plano de recuperação judicial que está em andamento. Os atrasos anteriores na publicação do balanço acabaram interferindo e causando morosidade à aprovação do plano.
Ao longo dos anos, os grandes bancos do Brasil se tornaram os principais credores da Americanas. A marca se firmou como uma das principais varejistas do Brasil, também, porque tinha livre acesso a crédito para investir em sua expansão no mercado nacional.
Agora, os credores pedem o acesso a informações financeiras auditadas da companhia. Dessa forma, eles esperam analisar melhor a sua proposta, que inclui um aporte de R$ 12 bilhões pelos acionistas de referência: Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Carlos Alberto Sicupira.