A Americanas entregou nesta quarta-feira, 25, a lista de credores de seu processo de recuperação judicial. São quase 8 mil nomes e um débito que totaliza mais de R$ 41 bilhões. As companhias com mais dinheiro a receber são instituições financeiras.
Na petição, além de bancos, constam como credores empresas de tecnologia, fabricante de chocolates e eletrônicos, entre outros. Do total, R$ 65 milhões se referem a questões trabalhistas; R$ 41 bilhões a crédito sem garantia; e R$ 109 milhões às micros e pequenas empresas.
O maior credor da companhia é o Deustche Bank, com um saldo de US$ 1 bilhão, equivalente a R$ 5,2 bilhões, na cotação atual. Em seguida, vem o Bradesco, com R$ 5 bilhões a receber da companhia. Com o Santander, os débitos chegam a quase R$ 4 bilhões. Já o BTG Pactual é credor de R$ 3,5 bilhões, e o BV, de R$ 3,3 bilhões.
A Americanas também tem dívidas de R$ 1,2 bilhão com a Samsung, R$ 160 milhões com a Motorola, cerca de R$ 100 milhões com a Apple e aproximadamente R$ 90 milhões com a varejista de eletrônicos Allied.
Outra dívida expressiva é com a B2W Lux, empresa que atua como marketplace da Americanas, no total de R$ 3,2 bilhões.
Um dos credores do grupo é a Ambev, que pertence aos mesmos acionistas da varejista, Jorge Paulo Lemann, Marcel Telles e Beto Sicupira. A dívida é de R$ 4,1 milhões.
Editoras de livro também constam na lista de credores, sendo R$ 7,2 milhões para a Companhia das Letras e R$ 5,9 milhões para a Intrínseca.