O último mês do ano fechou com uma leva alta de 0,6 ponto no Índice de Confiança do Consumidor (ICC) atingindo 75,5 pontos, de acordo com o levantamento Fundação Getúlio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira, 22.
No ano, porém, acumulou recuo de 2,6 pontos. Em relação ao mesmo mês de 2020, o ICC registrou recuo de 3 pontos.
A piora da avaliação dos consumidores sobre a situação atual foi puxada pela deterioração financeira das famílias.
O indicador que mede a satisfação sobre as finanças pessoais caiu 2,9 pontos, para 59,2 pontos, menor valor desde abril deste ano.
Por outro lado, o indicador que mede a percepção dos consumidores sobre à situação econômica atual se manteve relativamente estável ao variar 0,3 ponto em dezembro, para 72,8 pontos.
Em nota, a coordenadora de Sondagens do FGV, Viviane Seda Bittencourt, destacou que o ano foi mais difícil para os consumidores de renda mais baixa.
“O descolamento entre a confiança dos consumidores de baixa renda dos de alta renda atingiu o maior nível da série dos últimos 17 anos, principalmente em função da dificuldade financeira dos consumidores de menor nível de renda diante do quadro de desemprego, inflação elevada e aumento do endividamento.”
A pesquisadora ressalta que 2022 será um ano desafiador tanto para a melhora da confiança do consumidor geral quanto para a diminuição da desigualdade na percepção dos desafios econômicos por famílias com diferentes níveis de renda.