Dados da Receita Federal mostraramm, nesta quinta-feira, 21, que a arrecadação federal do mês de outubro de 2024 atingiu R$ 247,9 bilhões. Trata-se do maior valor da série histórica, iniciada em 1995.
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Em termos reais, houve um aumento de 9,77% em relação ao mesmo mês do ano anterior. A Receita Federal administrou R$ 225,2 bilhões desse montante, o que representou um crescimento de 9,93% em comparação a outubro de 2023. Outros órgãos arrecadaram R$ 22,69 bilhões — um acréscimo de 8,19%.
Ao comparar os dados a setembro de 2024, a arrecadação federal cresceu 21,35% em termos reais. Apesar dos sucessivos recordes, o governo enfrenta déficits, em razão do aumento dos gastos acima da receita líquida.
No acumulado de janeiro a outubro deste ano, a arrecadação totalizou R$ 2,218 trilhões, um recorde para o período. O aumento real foi de 9,69% em relação a 2023, quando, no mesmo período, somou R$ 2,022 trilhões.
Arrecadação e o trabalho do governo federal
O governo arrecadou R$ 47,19 bilhões com PIS-Pasep e Cofins — um aumento de 20,25%, ou R$ 7,95 bilhões, em relação a outubro de 2023.
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No documento divulgado, a Receita Federal atribui parte do crescimento ao aquecimento do mercado de trabalho, que impulsiona impostos relacionados ao emprego. A receita previdenciária subiu de R$ 51,017 bilhões em outubro de 2023 para R$ 54,203 bilhões.
O recolhimento de Imposto de Renda e IPI subiu 58,12%, com um acréscimo de R$ 4,09 bilhões em um ano.
A desoneração da folha salarial de 17 setores custou R$ 19,8 bilhões de janeiro a outubro, um aumento de R$ 10,087 bilhões em relação ao mesmo período de 2023. Em outubro, a renúncia fiscal foi de R$ 1,8 bilhão, crescendo R$ 1,07 bilhão comparado ao mesmo mês do ano anterior.