A arrecadação federal com impostos, contribuições e demais receitas bateu recorde histórico em 2021, informou nesta terça-feira, 25, a Secretaria da Receita Federal. No ano passado, o montante chegou a R$ 1,8 trilhão.
Em valores corrigidos pela inflação, a arrecadação totalizou R$ 1,97 trilhão, o que significa um novo recorde e alta real de mais de 17%, na comparação com o ano anterior (R$ 1,67 trilhão).
Trata-se da maior arrecadação em um único ano, desde o início da série histórica do levantamento, em 1995.
“O aumento da arrecadação em 2021 é muito expressivo. Há muito o que comemorar, considerando que ainda estamos em meio a uma pandemia”, afirmou o secretário especial da Receita Federal, Júlio Cesar Vieira Gomes. “Tivemos aumento expressivo em tributos sobre lucros e rendimentos de empresas e também no Imposto de Renda de pessoas físicas. Os dados de janeiro também apontam retomada crescente em 2022”, completou.
Segundo a Receita, os principais destaques foram o recolhimento extraordinário de R$ 40 bilhões em Imposto de Renda de Pessoas Jurídicas (IRPJ) e na Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) em 2021. No ano anterior, esses valores chegaram a R$ 8 bilhões.
O aumento da arrecadação ocorreu apesar de as compensações feitas pelas empresas em seu pagamento de tributos terem avançado 14,4%, para R$ 216 bilhões, ante R$ 189 bilhões em 2020.
Somente em dezembro do ano passado, a arrecadação somou quase R$ 194 bilhões, com crescimento de 10,7% em relação ao mesmo período de 2020. O resultado foi o maior para o mês desde o início da série histórica.