O deputado Arthur Lira (PP-AL), candidato apoiado pelo Palácio do Planalto ao comando da Câmara dos Deputados, disse nesta segunda-feira, 25, que a discussão acerca de um novo imposto sobre transações “não faz parte do contexto atual”.
De acordo com o Estadão, a expectativa da equipe econômica era grande, porque Lira já se manifestara no passado de forma favorável ao tributo. Em julho de 2020, o deputado do PP disse ao Valor Econômico que uma alíquota menor que a da antiga CPMF (0,38%) poderia destravar as discussões. “Se falamos de criar um imposto que não seja só virtual, mas também sobre operações financeiras, de 0,2% ou 0,1%, especialmente para esse fim social, quem iria ficar contra?”, declarou à época.
Hoje, em entrevista coletiva, Lira esclareceu que a defesa do imposto no ano passado buscava justiça na cobrança de tributos de empresas multimilionárias do setor digital. “Você tem hoje um novo mundo”, afirmou. “Tem internet, tem os Alibabás da vida, que estão fora da linha [de tributação]. Você acha justo que você pague imposto em cima do seu contracheque e empresas milionárias não sejam alcançadas? O que estávamos propondo naquela época era uma alíquota bem pequenininha para ter um parâmetro nacional. Mas isso não faz parte do contexto atual.”
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