Tim Gurner, CEO do Gurner Group, da Austrália, pediu desculpas por declarações que fez na terça-feira 12, que viralizaram. Ele havia afirmado que o desemprego daria às empresas mais poder sobre os funcionários, que teriam se tornado arrogantes desde a pandemia de covid-19.
A origem da polêmica
Na ocasião, Gurner disse “que o problema é que as pessoas decidiram não querer na verdade trabalhar tanto, por causa da covid”. Esse suposto efeito teria causado “um problema gigante na produtividade.”
“Precisamos lembrar as pessoas que elas trabalham para um empregador, não ao contrário”, afirmou o executivo. “Houve uma mudança sistemática em que os funcionários pensam que o empregador é extremamente sortudo por tê-lo, e não ao contrário.”
Depois de péssima repercussão, empresário recua
Mais tarde, porém, Gurner disse numa publicação no LinkedIn que tinha “feito algumas observações sobre o desemprego e a produtividade na Austrália de que lamento profundamente e que estavam erradas”.
Reconheceu ainda que seus comentários foram “profundamente insensíveis” com funcionários, comerciantes e respectivas famílias “em toda a Austrália” que sofrem a pressão do custo de vida e pelo desemprego.
Por fim, Gurner lamenta “sinceramente que as minhas palavras não tenham transmitido empatia por aqueles que se encontram nessa situação”.
Veja como foi: “CEO de empresa australiana causa indignação ao defender desemprego”
Com informações da BBC Sidney e Nova York.
Eu ainda acho que ele está com a razão.
A última frase do Gurner foi a mais importante. Ele pediu desculpas para os que estão desempregados e se sentiram idignados.
PORÉM, Nenhum destes desempregados tem capacidade de empreender como ele, que certamente trabalhou horas a fio sem olhar para o relógio. Suou a camisa e venceu.
Esta geração que se permite escolher entre empregos, entre horas para trabalhar e locais como o fica em casa, não tem a mínima capacidade de ser empreendedora.
Ah, a pandemia de covid-19 está chegando no bolso dos privilegiados, é?
As palavras dele foram infelizes, mas não invalidam o desabafo que ele fez. Criamos uma geração que não valoriza tanto o trabalho como as gerações anteriores, aliás, após a geração “boomers”, cada geração valoriza menos a produção.