O Banco Central trabalha no desenvolvimento do chamado “Pix Garantido”, que permitirá o parcelamento de compras pelos clientes no futuro. A modalidade poderá ser uma alternativa ao parcelamento no cartão de crédito, popular nas compras de maior valor.
Até o momento, o Banco Central não informou sobre a possível cobrança de juros. A data de lançamento do Pix Garantido ainda é incerta.
Algumas instituições financeiras já oferecem a alternativa como uma operação de crédito. Segundo a autarquia, “nada impede que os bancos, desde já, ofertem crédito e a possibilidade de pagamento em parcelas com o Pix aos seus clientes”.
Para usar o Pix Garantido, é necessário ter dinheiro na conta-corrente
A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) informou que, no caso do Pix Garantido, os clientes devem ter dinheiro na conta-corrente para realizar os pagamentos nas datas de vencimento das parcelas.
No cartão de crédito, por sua vez, o valor da compra é pago ao lojista pela instituição financeira no mês da aquisição — ou parceladamente. O crédito rotativo é cobrado apenas quando o valor da fatura não é pago integralmente na data do vencimento, sendo a linha de crédito mais cara do mercado.
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Ainda não há clareza sobre o que ocorrerá se o cliente não tiver fundos ou limite no cheque especial para cobrir as parcelas do PIX Garantido. Essa modalidade ainda não foi regulamentada pelo Banco Central, o que gera incertezas sobre sua implantação.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, afirmou no ano passado que o PIX Garantido será uma alternativa de parcelamento aos clientes. “É super importante”, disse, à época. “A gente está fazendo várias políticas com o PIX crédito que vão desafogar e dar alternativas.”
Iniciativa é uma opção para o cartão de crédito, segundo o Banco Central
Caso o cliente não tenha recursos para pagar as parcelas do futuro PIX Garantido, poderá entrar no cheque especial. Ele transformará a transação em uma operação de crédito com cobrança de juros.
“A expectativa é que o PIX complemente as atuais formas de pagamento, com maior comodidade ao usuário”, ressaltou a Febraban.
O governo limitou o saldo devedor do cartão de crédito em janeiro deste ano, em conformidade com lei aprovada pelo Congresso. A proposta inicial, de agosto do ano passado, discutia o fim do crédito rotativo e o parcelamento do saldo devedor com juros mais baixos.