O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira, 26, manter a Selic, a taxa básica de juros, em 13,75% ao ano, conforme sinalizado na reunião anterior, em setembro. A decisão foi unânime.
Essa é a última reunião antes do segundo turno das eleições, a se realizar no próximo domingo, 30.
Entre março de 2021 e setembro deste ano, o Copom subiu a Selic. Foram 12 elevações seguidas da taxa de juros, que avançou 11,75 pontos porcentuais, configurando o mais longo ciclo de alta desde 1999, ou seja, em 23 anos.
Segundo o BC, o objetivo do Copom foi conter as pressões inflacionárias decorrentes dos isolamentos sociais, que fizeram com que o Estado interviesse mais na economia. Também impactou a inflação a invasão russa à Ucrânia, sobretudo nos preços de combustíveis e alimentos.
Para definir o nível dos juros, o Banco Central se baseia no sistema de metas de inflação. Quando a inflação está alta, o BC eleva a Selic. Quando as estimativas para a inflação estão em linha com as metas, o Banco Central pode reduzir o juro básico da economia.
Boletim Focus
O Relatório Focus, publicado pelo BC no dia 17, apresentou mais uma semana de redução da prévia para a inflação no Brasil. A estimativa para o fechamento do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 5,71% para 5,62%. É a 16ª semana seguida com a queda do indicador.
Inflação do Brasil é menor que a dos Estados Unidos
A inflação do Brasil está menor que a inflação dos Estados Unidos pela primeira vez na história. Medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o IPCA para 12 meses de setembro fechou em 7,17%. Já nos Estados Unidos, a inflação para o mesmo período ficou em 8,2%, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor elaborado pelo Departamento de Trabalho dos Estados Unidos.