Os principais bancos estatais da China tiveram de agir para tentar conter a desvalorização da moeda local, o yuan, nesta segunda-feira, 22. As instituições venderam dólares norte-americanos, à medida que as ações da Bolsa de Valores do país caíam. As informações partem da agência de notícias Reuters.
O objetivo dos bancos era evitar que a moeda chinesa perdesse seu valor muito rápido no mercado internacional. As ações tipo A da China (ações comuns) despencaram, segundo um dos consultores que conversaram com a equipe da Reuters.
A venda da moeda norte-americana se tornou bem agressiva, para defender o câmbio de 7,2 yuans por dólar. Desde o início de 2024, a moeda chinesa registra queda de quase 1,4% frente ao dólar.
O índice de referência da bolsa chinesa, o Shanghai Composite, registrou sua maior queda em um único dia desde abril de 2022 nesta segunda-feira. O recuo foi de 2,7%.
“É um claro sinal de política para estabilizar o yuan”, disse Gary Ng, economista sênior da empresa de investimentos Natixis. “E contrariar o sentimento negativo do mercado sobre as ações.”
Confiança dos investidores na China está abalada
Até agora, os fundos de investimento estrangeiros venderam cerca de US$ 1,6 bilhão em ações chinesas neste começo de ano. A confiança dos investidores está abalada, informa a Reuters, devido aos sinais de desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Os ativos futuros do yuan saltaram para uma alta de mais de dois meses de 4,25 pontos no final das negociações desta segunda-feira, refletindo sinais de condições de liquidez mais restritivas.
Segundo uma das fontes, a alta ocorre à medida que os bancos estatais no offshore (mercado estrangeiro) restringiam os seus empréstimos. O movimento apertou a liquidez do yuan no offshore e aumentou o custo de apostar contra a moeda da China.
Enquanto isso, os bancos estatais chineses também estavam vendendo dólares no mercado de câmbio spot (negociações instantâneas) para evitar quedas rápidas do yuan, reforçou a agência de notícias.
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Os bancos estatais frequentemente agem em nome do Banco Central da China no mercado de câmbio. Essas instituições, contudo, também podem negociar em seu próprio nome ou executar transações de clientes.
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