O bilionário Bill Gates conquistou para si a reputação de um oráculo sobre novidades de tecnologia. O cofundador da Microsoft ajudou a mudar o mundo da computação nas últimas décadas e segue na ativa entre o que há de mais inovador. No entanto, não se diz um entusiasta de ativos digitais, que viraram moda recentemente.
Gates participou de uma conferência na terça-feira 14 e caracterizou criptomoedas e NFTs como um mercado impulsionado exclusivamente pelo sentimento, e não por valor.
“Como uma classe de ativos, isso é 100% baseado na teoria do maior tolo — que alguém vai pagar mais por isso do que eu”, disse o bilionário.
A teoria do maior tolo é uma prática na qual as pessoas investem em ativos supervalorizados, independentemente de seu valor real, na esperança de que outra pessoa apareça e pague ainda mais.
O veterano do mundo da tecnologia também debochou da moda do NFT, sigla para o termo ‘token não fungível’, que são códigos numéricos com registro de transferência digital que garantem autenticidade a itens colecionáveis. Gates citou a imagem famosa de um macaco entediado que mexeu com esse mercado recentemente.
“Obviamente, imagens digitais de rostos de macacos vão melhorar imensamente o mundo”, disse, sarcasticamente.
O empresário já havia criticado o universo das criptomoedas em outras oportunidades, usando o mesmo argumento da falta de valor real.
“O valor da criptomoeda é apenas o que uma pessoa decide que outra vai pagar por ela, portanto, não agregando à sociedade, como outros investimentos”, disse Bill Gates, em maio.
Otário é você, seu criminoso psicopata!
Acho difícil não dar razão para ele. Afinal, as criptomoedas não respondem à simples pergunta: lastreiam-se em quê?
Correto. Mas as moedas governamentais se lastreiam em quê?
Bem, em primeiro lugar precisa-se dizer que a moeda não é “governamental”. Ela é um bem do país e criado, originalmente, lastreado em algo tangível (no caso, é usado o padrão outro). Mas essa parte é a menor parcela. A maior parte do dinheiro em circulação é criada através de transações de créditos/recebíveis oriunda do sistema bancário e dos títulos públicos. E nesse caso, o lastro são os ativos existentes no sistema bancário e no sistema público (leia-se PIB e outros ativos). De forma geral, o lastro baseia-se na capacidade do governo e do sistema financeiro em cumprir com o pagamento dos seus deveres.