O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) registou lucro contábil de R$ 5,3 bilhões no segundo trimestre. Em igual período do ano passado, em meio aos impactos causados pela pandemia por covid-19, houve o prejuízo de R$ 580 milhões. Ainda assim, dentro de 2021, o resultado de abril a junho é menor que o contabilizado entre janeiro e março (R$ 9,8 bilhões). A instituição divulgou os dados nesta quinta-feira 12.
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Os ganhos com a carteira de renda variável influenciaram o desempenho. A receita recebeu o incremento de dividendos e juros sobre capital próprio na ordem de R$ 1,3 bilhão, distribuídos por empresas como a Petrobras e a Eletrobras. Além de R$ 2,1 bilhões oriundos da venda de debêntures da Vale e outros R$ 500 milhões da negociação de ações da Klabin.
Desde 2019, o BNDES executa a redução de participações societárias. O banco se desfaz dos papéis, gerando caixa para investimentos, e reduz a exposição a riscos no mercado. No primeiro trimestre de 2021, alienação de ações da Vale e da Klabin resultou num ganho de R$ 7 bilhões.
A carteira de ações da instituição é composta por 41% de papéis da Petrobras, 23% da JBS, 15% da Eletrobras, 5% da Copel e 16% de outras companhias. Seu valor é de cerca de R$ 72 bilhões.
“A venda de ações influencia momentaneamente o resultado contábil do lucro”, diz Bianca Nasser, diretora de finanças do BNDES. “Mas estamos indicando como uma média de resultado recorrente de R$2,4 a R$2,5 bilhões por trimestre como sendo resultado de operações”.
Com o PT fora do jogo não pederia ser diferente.
Próximo passo é acabar com o BNDES, fruto da concepção intervencionista de Celso Furtado.