Maior fabricante de jatos comerciais do mundo está sendo duramente afetada pela crise do coronavírus e pelas falhas no projeto do 737 MAX
No mês de abril, a norte-americana Boeing, a maior empresa de aviões comerciais do mundo, anunciou que teve zero encomendas de novos aviões e que houve cancelamento de compra de 108 jatos do modelo 737 MAX, o mais vendido e que está proibido de voar devido a problemas no projeto. Este é o pior início de ano para a empresa desde 1962.
A Boeing divulgou que entregou 6 aviões para os clientes no último mês. Nos três primeiros meses do ano, foram entregues 56 aviões, um número 67% menor ao do mesmo período de 2019, de acordo com o G1.
A crise do coronavírus, que atingiu com força o setor aéreo, pegou a Boeing em uma situação já fragilizada. Sofrendo grandes prejuízos com as falhas do projeto do 737 MAX, que colocaram no chão o seu principal produto após dois acidentes trágicos.
A empresa anunciou que deve reduzir em 10% o seu quadro de funcionários, que é de 160 mil no momento. Ela também emitiu US$ 25 bilhões em bônus como forma de financiar a recuperação.
No último mês, a Boeing decidiu cancelar a fusão com o setor de aviação comercial da brasileira Embraer, um acordo estimado em US$ 4,2 milhões e que estava sendo negociado desde julho de 2018.
A principal concorrente da empresa norte-americana, o consórcio europeu Airbus também está sendo bastante afetada pela crise. Em abril a empresa do velho continente entregou apenas 14 aviões, uma queda de 80% em relação ao mesmo período do ano anterior.