O Banco Bradesco divulgou suas previsões para a economia brasileira em 2025. A instituição projeta que a taxa Selic se manterá em 15,25% até a primeira metade do próximo ano.
A taxa de câmbio deverá ficar próxima a R$ 6. O corte nos juros ocorrerá somente na última reunião de 2025. A redução esperada será para 11,25% em 2026. O relatório revela que os riscos podem levar a juros ainda mais elevados, caso o objetivo seja atingir o centro da meta de inflação de forma mais assertiva.
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O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) também foi ajustado. O Bradesco revisou sua previsão para 2025 para um aumento de 2,2%, abaixo dos 3,6% projetados para 2024. A expectativa é que, na segunda metade de 2025, a economia enfrente dois períodos consecutivos de queda de 0,3%. O crescimento esperado para 2026 é de apenas 1%. Esse cenário indica uma recuperação mais lenta.
Em relação à inflação, o Banco Bradesco projeta que o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) se manterá em 4,9% tanto em 2024 quanto em 2025. O centro da meta de 3% será alcançado somente em 2026. A instituição destaca que, enquanto não houver uma desaceleração inequívoca da economia e os choques recentes não se dissiparem, não há espaço para uma “melhora das expectativas de inflação enquanto os choques recentes não se dissiparem e enquanto não houver uma inequívoca desaceleração do PIB”.
O relatório também aborda a situação fiscal do país. As projeções revelam que a dívida pública poderá chegar a 82,7% do PIB em 2025 e 88,6% do PIB em 2026. O pacote fiscal recentemente anunciado pelo governo atribui esses números. A medida resultou em uma “forte deterioração e enorme volatilidade nos preços de ativos”.
Muito me admira que uma instituição financeira puxa saco do governo, face projeções negativas para a economia, pois tanto o presidente do conselho, como o ceo, tecem efusivos elogios ao atual governante, não é a toa que as ações do Bradesco derretem na bolsa.