A produção da indústria brasileira cresceu 0,6% em julho sobre junho, de acordo com a Pesquisa Industrial Mensal (PIM). Responsável pelo levantamento, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou os dados nesta sexta-feira, 2.
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Foi o quinto mês de alta no ano. O crescimento de julho foi puxado pelos setores de consumos intermediários, que tiveram alta pouco acima de 2%, e bens de consumo semiduráveis e não duráveis (cerca de 1,5%).
“O setor industrial ao longo do ano de 2022 vem mostrando uma maior frequência de resultados positivos”, analisou André Macedo, gerente da pesquisa. “São cinco meses de crescimento em sete oportunidades. Nesses resultados, observa-se a influência das medidas governamentais de estímulo e que ajudam a explicar a melhora registrada no ritmo da produção.”
Liderando o top 5 da expansão industrial no mês, aparece a fabricação de produtos farmoquímicos e farmacêuticos (10%). Na sequência, estão as indústrias de equipamentos de transporte, exceto veículos automotores (5%), alimentos (pouco mais de 4%), impressão e reprodução de gravações (3%) e celulose, papel e produtos de papel (cerca de 2%).
Produção de industrial de alimentos
Em nota, o IBGE informou que foi o terceiro mês seguido de expansão da indústria de alimentos, gerando um ganho acumulado de cerca de 7%. “Esse crescimento foi bastante disseminado entre os principais itens dessa atividade”, comentou Macedo. “Desde o açúcar, que tem uma alta importante para esse par de meses, até carnes bovinas, suínas e de aves, além dos laticínios e dos derivados da soja.”
Resultado anual
Em contrapartida, quando a comparação do resultado de julho é feita com o mesmo mês do ano anterior, há um recuo de 0,5%. “A produção industrial não recuperou as perdas do passado”, informa Macedo. Em 2022, a indústria ainda acumula queda de 2% e, em 12 meses, de 3%.