A Caixa Econômica Federal vai liberar o saque do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS) por calamidade para trabalhadores das cidades atingidas por ciclone no Rio Grande do Sul. A decisão do banco público foi anunciada na tarde desta quarta-feira, 6.
Até as 16 horas de hoje, 77 municípios gaúchos constavam na lista de afetados por tempestades e alagamentos registrados depois da passagem do ciclone extratropical.
O saque calamidade é uma modalidade em que o cidadão tem direito a sacar o saldo da conta do FGTS por necessidade pessoal, urgente e grave. Isso se dá em decorrência de desastre natural que tenha atingido à residência do beneficiário do fundo.
O número de mortos pelo ciclone extratropical que atingiu o Rio Grande do Sul subiu para 31 no fim da manhã desta quarta. Em Santa Catarina, uma pessoa também morreu em decorrência de problemas climáticos.
Para habilitar a retirada do valor do FGTS, é necessário que o município em estado de calamidade pública ou em situação de emergência apresente à Caixa a declaração das áreas que foram afetadas pelo desastre.
Depois da liberação, a população poderá realizar o saque calamidade de forma digital, por meio do celular, pelo aplicativo oficial do FGTS. Para quem preferir, contudo, é possível realizar a operação em alguma agência física da Caixa Econômica Federal.
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Ao registrar a solicitação é possível indicar uma conta da Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou de qualquer outro banco, para receber os valores. Esse procedimento ocorre sem nenhum custo.
É necessário possuir saldo na conta do FGTS e não ter realizado saque pelo mesmo motivo em período inferior a 12 meses. O valor máximo para retirada é de R$ 6.220.
Como solicitar o saque calamidade do FGTS
O trabalhador que tiver direito ao saque calamidade deve realizar as seguintes etapas — em caso de solicitação on-line para receber o dinheiro:
- realizar o download do app FGTS e inserir as informações de cadastro; ir na opção “Meus saques” e selecionar “Outras situações de saque — Calamidade pública” e acessar a cidade;
- encaminhar os seguintes documentos: foto de documento de identidade, comprovante de residência em nome do trabalhador, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade; e
- selecionar a opção para creditar o valor em conta Caixa, inclusive a Poupança Digital Caixa Tem, ou outro banco, e enviar a solicitação.
O prazo para retorno da análise e disponibilização do valor do saque, caso aprovado, é de cinco dias úteis.
Informações sobre a documentação
- Carteira de Identidade: também são aceitos carteira de habilitação e passaporte;
- Comprovante de residência em nome do trabalhador: conta de luz, água ou outro documento recebido via correio, emitido até 120 dias antes da decretação de calamidade; e
- Certidão de Casamento ou Escritura Pública de União Estável, caso o comprovante de residência esteja em nome de cônjuge ou companheiro(a).
Para mais informações, os trabalhadores podem acessar o site da Caixa ou entrar em contato com a Caixa pelo fale conosco 0800-726-0207.
Cidades debaixo d’água no Rio Grande do Sul
As cidades do Vale do Taquari amanheceram debaixo d’água na terça-feira, com famílias tentando se abrigar das enchentes nos telhados. Na cidade de Roca Sales, uma mulher e um bebê foram resgatados por um helicóptero da Polícia Rodoviária Federal, de acordo com o jornal Folha de S.Paulo.
Ainda na terça, um policial da Brigada Militar resgatava uma idosa em um helicóptero do governo estadual quando o cabo que os sustentava se rompeu e os dois caíram no Rio Taquari. Os profissionais de resgate recuperaram o corpo da idosa, e o policial foi resgatado em estado grave e encaminhado para um hospital da região.
Marcus Vinicius Gonçalves Oliveira, coronel e subchefe da Defesa Civil do Rio Grande do Sul, disse que as autoridades estão preocupadas “com a volta da chuva no Estado” na quinta-feira 7, especialmente porque o nível da água das enchentes ainda não baixou.
Nessa hora que faz falta o Grande PG, ele agiria para liberar dinheiro diretamente para as vitimas!