O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta quarta-feira, 19, que, de acordo com sua avaliação, a inflação no Brasil tem caído de maneira mais devagar do que o esperado, apesar de a taxa básica de juros estar em patamar elevado — atualmente em 13,75%, com acumulado de 4,65% nos últimos 12 meses.
Já o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou março em alta de 0,71%, registra 4,65% nos últimos 12 meses.
“Olhamos muitas coisas e cruzamos muitos dados. Mas a realidade é que a queda da inflação é mais lenta do que esperávamos, considerando o patamar da taxa real de juros no Brasil”, afirmou em sua análise o presidente do BC. “O que nos diz que a batalha não foi vencida e temos de persistir”, declarou Campos Neto, em conferência com investidores internacionais.
Desde agosto de 2022, a Selic, que é a taxa básica de juros, está em 13,75%, maior patamar desde 2016. Dessa forma, desde o início do governo Lula há a espera de sinalizações por parte do BC para que o índice caia.
De acordo com Campos Neto, o Banco Central avalia que a inflação acumulada em nível mais baixo, registrado atualmente, ainda está “contaminada” pelas medidas adotadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro em 2022, que trabalhou para de controlar a inflação.
“O índice bruto de inflação está ‘poluído’ pelas mudanças na tributação de gasolina, energia e gás. Quando olhamos para o cerne da inflação, está levemente abaixo dos 8%, o que é muito alto”, concluiu.
Novo arcabouço fiscal
Campos Neto também falou de maneira breve sobre o envio da proposta, na terça-feira 18, do arcabouço fiscal, que, caso seja aprovado, vai substituir o atual teto de gastos, criado durante o último governo.
O projeto, que ainda será votado, estabelece metas para o gasto público e para o superávit primário. “Acho que é uma boa indicação de que estamos avançando na direção correta. Remove o risco que vi em algumas projeções por aí, de que a dívida fosse para 100% [do PIB] muito rápido”, afirmou Campos Neto.
Gigante no cargo. Pragmático. Honra o nome do avô com o futuro do Brasil nas mãos. Só os militontos pedem para baixar o juros na canetada. Os inteligentes fariam as reformas administrativa, fiscal e quem sabe até a partidária, para reduzir as despesas do governo.
O teto de gastos foi criado não durante o último governo, mas durante o anterior (governo Temer).
Parece estar correto. O fato é já se tem um calabouço, poço, buraco, rombo, noção de quanto fundo e ruim, mas em país que tem excesso funcionalismo, em torno 60% , péssima qualidade dos serviços públicos, concurso monumentais, remuneração retroativa de bilhões de reais a legisladores de causa própria, fora das leis, empreguismo de políticos desqualificados para cargo e ou seja para só fazer de tudo para piorar e danar. Qual a taxa de juros correta para reduzir a inflação, creio que o dobro, mas isso certamente piora a já insignificante criação e manutenção de empregos, outras consequências….