A Controladoria-Geral da União (CGU), por meio de auditoria, afirma que a venda pela Petrobras da Refinaria Landulpho Alves, na Bahia, foi feita abaixo do preço de mercado. O negócio foi selado em 2021.
A empresa passou a se chamar Refinaria de Mataripe. Na época, a propriedade foi vendida por US$ 1,65 bilhão (cerca de R$ 8,08 bilhões) à Mubadala Capital.
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A Mubadala Capital é uma divisão de investimentos da Mubadala Investment Company. A empresa de investimentos fica em Abu Dhabi. A companhia é de propriedade da família real dos Emirados Árabes Unidos.
Apesar disso, o relatório não afirmou que houve uma perda econômica com a venda da refinaria. Mesmo assim, o documento da CGU questionou o momento da transação, dizendo que a petrolífera poderia ter aguardado a recuperação da commodity no mercado global.
CGU: transação ocorreu em um cenário de “tempestade perfeita”
Segundo a CGU, a transação ocorreu em um cenário de “tempestade perfeita”.
Isso devido à combinação de incerteza econômica, volatilidade trazida pela pandemia, premissas pessimistas para o crescimento da economia no fim de 2021 e uma alta sensibilidade das margens de lucro — o que ocasionou uma maior perda de valor.
Para o órgão, nessas situações de grande incerteza, duas opções poderiam ter sido levadas em conta.
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A primeira seria aguardar a estabilização do cenário futuro. A segunda seria fazer uma avaliação única, ao ajustar premissas operacionais e de preços.
A estatal afirmou que as projeções foram feitas de forma consistente, e que a pandemia tornou a análise mais desafiadora. Além disso, a petrolífera reconheceu desafios e concordou em avaliar melhorias sugeridas, como a inclusão de medição de probabilidade em futuras análises.
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A avaliação da CGU necessitaria ser revista por uma perícia independente. Sempre existem circunstâncias de mercado que estāo atreladas ao tempo e ao espaço de realização do negócio que geram flutuações importantes. IIndependente disso, as ilações em relação ao fato da negociaçăo nāo param de pé, pelas características do processo administrativo que gera a realizaçāo do negócio existe uma blindagem a influência externa à própria Petrobrás.