O faturamento do comércio com o Dia dos Pais de 2021 deverá chegar a R$ 6 bilhões, uma alta de 13,9% em relação ao ano passado, segundo a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). Em 2020, as vendas relacionadas à data recuaram 11,3%, o menor patamar desde 2007.
O presidente da CNC, José Roberto Tadros, lembra que no mesmo período de 2021 o varejo ainda experimentava o início do processo de flexibilização das medidas restritivas voltadas ao combate da primeira onda da pandemia do novo coronavírus.
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De acordo com o monitoramento realizado pelo Google Mobility, entre o fim de abril e o fim de julho o fluxo de consumidores em áreas comerciais cresceu 39%. Porém, ainda se encontra 9% abaixo da circulação média de clientes verificada em fevereiro de 2020.
“As vendas on-line também têm ajudado a contrabalançar o recuo ocorrido no consumo presencial, com avanços consistentes no faturamento desde o ano passado”, aponta Fabio Bentes, economista da CNC responsável pela pesquisa. Segundo dados da Receita Federal, o volume mensal de vendas no varejo eletrônico em todo o Brasil cresceu, em média, 47% nos cinco primeiros meses deste ano, em comparação com o mesmo período do ano passado.
Presentes
A cesta de bens e serviços relacionados ao Dia dos Pais deverá estar 7,8% mais cara que no ano passado – a maior variação desde 2016. Dos 13 itens analisados, apenas dois se encontram em média mais baratos do que há um ano: livros (-1,7%) e aparelhos de som (-1,1%). Por outro lado, televisores (+22,3%), bebidas alcoólicas (+11,8%) e perfumes (+10,5%) tendem a apresentar as altas de preços mais expressivas.
Como tradicionalmente acontece, as lojas de vestuário, calçados e acessórios devem se destacar durante o Dia dos Pais, a quarta data comemorativa mais importante do comércio varejista brasileiro.
Estados
São Paulo (R$ 2,15 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 632,1 milhões) e Minas Gerais (R$ 629,3 milhões) tendem a responder pela maior parte (56,6%) da movimentação financeira com a data neste ano. Todas as unidades da Federação deverão registrar avanços reais em relação a 2020, com destaque para o Paraná (+15%), Rio Grande do Sul (+14,4%), Distrito Federal (+14,3%) e Santa Catarina (+12,5%).