A Comexport pretende investir R$ 100 milhões em startups nos próximos dois anos. A empresa é considerada a maior de comércio exterior no Brasil.
De acordo com o jornal o Estado de S.Paulo, o plano é encontrar entre 10 e 15 empresas “techs” com um modelo escalável de negócio e que ofereçam soluções para dar mais eficiência aos processos de importação e exportação.
A estratégia é usar a expertise e a base de clientes da Comexport — que projeta faturar cerca de R$ 19 bilhões em 2022 — para impulsionar as startups e escalar seus negócios.
Os executivos apostam que a mistura da experiência cinquentenária da empresa com a agilidade de uma startup trará êxito na empreitada. Responsável pelo setor de finanças da companhia, Rodrigo Guerra, vê um potencial enorme para inovação nesse segmento, que movimenta US$ 400 bilhões por ano no Brasil.
Ele acredita que bons empreendedores “se perdem” na burocracia das grandes empresas. Em suas palavras, uma startup precisa do brilhantismo do empreendedor, mas não é possível contratar um — embora ele relate ter tentado.
Investimentos da Comexport
Recentemente, a Comexport investiu em duas startups, a Talura e a Cheap2Ship, que atuam na cotação de frete internacional. A quantia que soma alguns milhões foi disponibilizada com uma inejção de capital do tipo semente, destinada a empresas que já estão em estágio avançado de formação de equipe e com receita.
Muito o que fazer
Guerra afirma que ainda existe um longo caminho a ser percorrido, apesar dos avanços tecnológicos e da digitalização dos processos de importação e exportação no Brasil.
A Comexport denomina como “comextech” as startups que oferecem soluções para diversas necessidades da área. A lista inclui atividades como o fechamento de contrato de câmbio online, abertura de conta fora do Brasil para CNPJs, leitura e integração de documentos internacionais, entre outras.