A Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia (UE), revisou o crescimento econômico da Zona do Euro nas “previsões de outono”. As projeções foram divulgadas nesta quarta-feira, 16, em Bruxelas, capital da Bélgica.
O colegiado diminuiu a projeção do Produto Interno Bruto (PIB) de mais de 20 países que compartilham o euro como moeda oficial. O crescimento não seria mais de 0,8% como estimado anteriormente em setembro, mas, sim, de 0,6%.
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A comissão admite que a economia “perdeu ímpeto”. Além disso, o órgão afirmou que a inflação resiliente, as altas taxas de juros e a fraca demanda externa são alguns dos fatores que contribuem para essa previsão.
“A economia europeia perdeu dinamismo neste ano”, afirmou a Comissão Europeia, em comunicado. “Num contexto de elevado custo de vida, fraca procura externa e restrições monetárias.”
“Embora se espere que a atividade econômica se recupere gradualmente no futuro, as previsões de outono da Comissão Europeia reveem em baixa o crescimento do PIB da União Europeia”, afirmou o órgão. “Isso em comparação com as suas projeções do verão.”
Contudo, a economia local deve se recuperar em 2024, com previsão de crescimento do PIB em 1,2%, segundo a Comissão Europeia. Em 2025, as projeções são de uma alta de 1,6%.
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“Espera-se que a atividade econômica se recupere gradualmente à medida que o consumo se recupera”, afirmou a comissão. “Com base em um mercado de trabalho cada vez mais robusto, no crescimento sustentado dos salários e na redução contínua da inflação.”
Comissão Europeia afirma que inflação na Zona do Euro deve desacelerar em 2024
A previsão anunciada para a inflação na Zona do Euro é de encerrar 2023 em 5,6% e desacelerar para 3,2% em 2024. Para 2025, as estimativas são de ficar em 2,2%, expectativa próxima da meta do Banco Central Europeu, de 2% ao ano.
O déficit orçamentário agregado da eurozona, que são despesas superiores à arrecadação, deve diminuir para 2,8% do PIB em 2024, frente 3,2% de 2023. A perspectiva para 2025 é diminuir para 2,7%.
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“O principal fator desse declínio deve ser redução considerável das medidas relacionadas à energia no próximo ano e sua eliminação gradual em 2025”, afirmou a comissão.
Porém, países como França, Itália, Eslováquia, Malta e Bélgica terão déficits orçamentários bem acima de 4,0% do PIB. Isso tanto em 2024 quanto em 2025.
Segundo a previsão da comissão, esses déficits provavelmente convocarão medidas disciplinares do bloco econômico para com esses países.
Gabriel Dias é estagiário da Revista Oeste em São Paulo. Sob a supervisão de Anderson Scardoelli.