Uma pesquisa da PiniOn, realizada para a Associação Comercial de São Paulo (ACSP), mostrou que o Índice Nacional de Confiança (INC) do consumidor, em janeiro, foi de 102 pontos. Trata-se de uma diminuição de 1% em relação a dezembro e 2,8% na comparação com o mesmo período de 2024.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
O INC é realizado desde 2005 pela ASCP. O índice leva em consideração a confiança do consumidor brasileiro em alguns recortes regionais e também de classes sociais. A avaliação vai de 0 a 200 pontos. São considerados pessimistas os resultados abaixo dos 100 pontos.
Participaram da pesquisa de janeiro, em nível nacional, 1,6 mil famílias. A sondagem levou em consideração residentes das capitais e também do interior.
Leia mais: “Brasil pode enfrentar recessão em 2025, diz economista do Bradesco”
Os resultados apresentaram contrastes em diferentes regiões do Brasil. No Centro-Oeste e no Nordeste, notou-se uma estabilidade nos resultados. Os dados colhidos no Sudeste e no Norte apontaram queda. O Sul é a única região que apresentou aumento no INC.
As camadas sociais também tiveram resultados heterogêneos. Consumidores das classes A, B e C relataram diminuição na confiança. Os grupos D, C e E apresentaram crescimento.
Os resultados negativos de janeiro refletem o descontentamento das famílias com as suas atuais situações financeira perante a inflação. Dentro disso, ainda se destaca a preocupação com a expectativa de renda e ao emprego — o qual se mostrou menos seguro.
A diminuição do INC revela que os brasileiros estão menos dispostos a comprar itens de bens duráveis, como uma geladeira ou um fogão. Além, é claro, de passivos de maior valor, como carro e casa.
Saiba por que a confiança do consumidor diminuiu em janeiro
Segundo o economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, a queda na confiança do consumidor brasileiro deve-se a uma crescente inflação e à desaceleração da atividade econômica. Gamboa afirmou que o cerne do resultado negativo está instalado no aumento do preço de produtos elementares, como bebidas e alimentos.
“Esses fatores tendem a deixar o consumidor mais cauteloso em suas decisões de compra”, explica Ruiz de Gamboa.