Diretor da Aneel garante que o consumo de energia voltou aos patamares pré-covid
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu que haverá cobrança extra na conta de luz dos consumidores a partir deste 1° de dezembro. Em reunião extraordinária, a Aneel estabeleceu que será cobrada a bandeira vermelha patamar 2, cujo valor é o que mais pesa no bolso das pessoas. Dessa forma, a cobrança extra será de R$ 6,24 a cada 100 quilowatts-hora consumidos. Em 26 de maio, a Aneel informou que não haveria cobrança extra. Contudo, em reunião ontem, segunda-feira 30, os técnicos da agência recuaram.
De acordo com o diretor da Aneel, Efrain Pereira da Cruz, isso ocorreu porque o Brasil voltou aos patamares de consumo anteriores ao início do surto de covid-19. Além disso, a oferta de energia está comprometida em razão dos baixos níveis dos reservatórios, segundo Cruz. “Essa condição de oferta adversa, somada à tendência de recuperação de carga da energia aos patamares pré-crise, são indícios concretos de que o mecanismo das bandeiras já merece ser restabelecido. E a curto prazo”, declarou o diretor da Aneel.
Nas redes sociais, o ex-secretário especial de Desestatização Salim Mattar criticou a medida ao mencionar que o Estado cobra demais do contribuinte, mas não corta gastos do funcionalismo. “Já não basta o brasileiro pagar 44% da conta de luz em impostos e as empresas do setor elétrico pagarem 47,3% da receita bruta também em impostos; agora vem a Aneel implementando a bandeira vermelha em dezembro. E nada de corte de despesas do Estado. Coitado do pagador de impostos”, escreveu Mattar, no Twitter, nesta terça-feira, 1°.
Entenda as bandeiras da Aneel
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