O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realizou o sexto corte seguido da taxa básica de juros, nesta quarta-feira, 20. A autoridade monetária reduziu a Selic em 0,5 ponto porcentual, de 11,25% ao ano para 10,75%.
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O Copom já havia sinalizado uma redução na taxa em comunicados recentes. O comitê começou a reduzir a taxa básica de juros em agosto de 2023. No início dos cortes, a Selic estava em 13,75% ao ano. Em cada uma das últimas cinco reuniões, o Copom reduziu a taxa em 0,5 ponto porcentual.
Em nota, o BC informou que considera a importância da execução das metas fiscais para a condução da política monetária. O comitê avaliou os cenários da economia brasileira e mundial antes de votar pela redução da taxa.
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“Considerando a evolução do processo de desinflação, os cenários avaliados, o balanço de riscos e o amplo conjunto de informações disponíveis, o Copom decidiu reduzir a taxa básica de juros”, informou, por meio de nota. “E entende que essa decisão é compatível com a estratégia de convergência da inflação para o redor da meta ao longo do horizonte relevante, que inclui o ano de 2024 e, em grau maior, o de 2025.”
A decisão de hoje foi tomada por unanimidade pelo Copom, que é formado pelo presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e por oito diretores da autarquia. Com a medida, a Selic chega ao menor nível em dois anos. Em março de 2022, a taxa também estava em 10,75%, depois de um aumento de 0,5 ponto porcentual naquele ano.
O mercado financeiro tem a expectativa que a taxa de juros continue caindo ao longo de 2024. A estimativa é que o ano feche com a Selic em 9% ao ano.
Taxa de juros é utilizada para controlar inflação
O BC utiliza a taxa como principal instrumento de política monetária para controlar a inflação. A Selic influencia em todas as taxas de juros do país, como de empréstimos, dos financiamentos e das aplicações financeiras.
O comitê informou que prevê um novo corte na taxa de juros para a próxima reunião, que deve acontecer em 45 dias. Nos comunicados das reuniões anteriores, o Copom prevê mais cortes nas taxas ao longo do ano. Porém, no último comunicado a equipe garantiu o corte apenas para o próximo encontro.
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“Em função da elevação da incerteza e da consequente necessidade de maior flexibilidade na condução da política monetária, os membros do comitê, unanimemente, optaram por comunicar que anteveem, em se confirmando o cenário esperado, redução de mesma magnitude na próxima reunião”, informou o Copom.