O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou um corte de R$ 25,9 bilhões em despesas com benefícios sociais. A medida foi considerada positiva por economistas, porém, insuficiente para solucionar os problemas fiscais do país.
A reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), realizada antes do anúncio, foi crucial para a decisão. O anúncio ocorre em um momento de turbulência nos mercados e crescente desconfiança sobre o compromisso do governo com as regras fiscais.
Economistas acolheram a medida de Haddad de forma favorável, mas destacaram que ainda há muito a ser feito.
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O economista-chefe da Warren Investimentos, Felipe Salto, elogiou as declarações de Haddad. “Na direção correta da responsabilidade fiscal, com respaldo do presidente Lula, para que se realizem as medidas necessárias ao cumprimento do novo arcabouço fiscal”, escreveu no X/Twitter.
Já o economista-chefe da MB Associados, Sérgio Vale, afirmou ao jornal Folha de S.Paulo a necessidade de ajustes adicionais em áreas como educação, saúde e previdência. André Perfeito, por sua vez, considerou o corte uma solução paliativa.
No mesmo dia do anúncio, o dólar registrou uma queda de 1,72%, ao refletir uma reação positiva do mercado ao anúncio.
Lula e Haddad reafirmam compromisso fiscal
O presidente Lula reafirmou o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal na última terça-feira, 3, enquanto Haddad destacou a importância de cumprir o novo arcabouço fiscal. O ministro da Fazenda também garantiu que o corte é baseado em dados técnicos e leis aprovadas anteriormente.
As contenções anunciadas serão formalizadas no dia 22 de julho, e o governo iniciará um processo de revisão de benefícios previdenciários e do Benefício de Prestação Continuada (BPC).