Pelo sétimo dia consecutivo, o dólar comercial caiu no país, fechando com a cotação de R$ 4,83 nesta quinta-feira, 24. O recuo foi de apenas 0,2%, mas colabora para uma tendência de desvalorização da moeda desde a última semana.
Por sua vez, o Ibovespa, índice da Bolsa de Valores de São Paulo (B3), fechou o dia com alta de 1,2%, no sétimo dia seguido de valorização.
No final da manhã, o dólar chegou a ficar abaixo de R$ 4,80, cotado a R$ 4,76. No entanto, nas horas seguintes, a moeda norte-americana foi recuperando vigor gradualmente até o fechamento.
A cotação do dólar nesta quinta-feira é a menor desde o início da pandemia do coronavírus, em março de 2020. Na quarta-feira, a moeda havia fechado o pregão em R$ 4,84.
Com o resultado desta quinta-feira, a moeda norte-americana acumula queda de 6,3% no mês de março. Já no ano, o dólar apresenta desvalorização de 13,3% na comparação com o real.
A tendência de desvalorização do dólar perante o real acontece em um momento de instabilidade na economia internacional, impactada pelo conflito entre Rússia e Ucrânia. A guerra tem influenciado em particular o preço do petróleo, com barril negociado acima dos US$ 120, e causado oscilação em bolsas pelo mundo.
Os mercados também acompanham a expectativa de novas sanções aos russos, em uma semana em que o presidente norte-americano Joe Biden discute a crise com líderes europeus.
Também a alta dos juros brasileiros tem influenciado a performance da moeda norte-americana nos últimos dias. O país conta hoje com uma das maiores taxas reais do mundo, ficando atrás somente da Rússia. A Selic foi corrigida pelo Banco Central na última semana, com 11,75% ao ano, e atingiu seu patamar mais elevado desde 2017, atraindo investidores estrangeiros.
A expectativa é que a Selic volte a aumentar em breve. A ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, divulgada na última terça, projetou novo reajuste de 1 ponto percentual para a próxima reunião, marcada para 4 e 5 de maio.
O dólar está caindo e até o momento a Petrobrás não reduziu os preços dos combustíveis.
A tendência é cair ainda mais. Após derrota ucraniana muita coisa vai mudar na econômia mundial. Por enquanto os russos deram o início da mudança ao adotar o sistema de venda em rubros do gás natural, petróleo e carvão. Em breve os chineses farão o mesmo.
Exatamente. Não é só a questão de taxas de juros altas nas terras tupiniquins, pois isso é historicamente comum mesmo com taxas menores, aiinda sim eram altas em relação a outros países. A retração do dólar tem muito a ver com o cenário do mercado mundial. Há uma reportagem aqui na Oeste, que mostra os árabes com negociações avançadas para vender petróleo aos chineses acietando a moeda nativa chingling. É…como você disse, muita coisa vai mudar após essa guerra Rússia x Ucrânia.