O dólar operava acima dos 5,27 na manhã desta terça-feira, 16. À tarde, a moeda norte-americana ampliou ainda mais seus ganhou e se aproximou de R$ 5,29 na máxima sessão. A valorização repercute os novos temores sobre a política monetária dos Estados Unidos, as tensões no Oriente Médio e os receios fiscais no Brasil.
A forte alta frente ao real, a quarta consecutiva, fez o dólar cravar o seu maior patamar desde março de 2023, o que acendeu o alerta entre alguns agentes financeiros para eventuais intervenções do Banco Central no câmbio.
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Às 11h43, o dólar subia 1,74%, cotado a R$ 5,272, enquanto o Ibovespa caía 0,54%, para 124.648 pontos.
Na segunda-feira, 15, o que puxo a alta do dólar foram os dados sobre as vendas do varejo dos EUA, dando força à moeda norte-americana e confirmando que a maior economia do mundo encerrou o primeiro trimestre em terreno sólido.
Nesta terça-feira,a valorização se deve ao temores sobre as movimentações do Federal Reserve (Fed), o banco central dos EUA.
Os analistas acreditam que o Fed está abandonando a ideia de um corte de juros a curto prazo e afirmam que, quanto mais o Fed cortar os juros, melhor para o dólar.
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Bolsa em queda
O cenário também foi negativo para a Bolsa brasileira, que operava nesta manhã de terça-feira em queda, abaixo dos 125 mil pontos, pressionada principalmente pelos recuos de Petrobras e Vale.
As duas maiores empresas do Ibovespa estavam em baixa devido às negociações de commodities no exterior. O preço futuro dos barris do petróleo Brent recuava, afetando negativamente as ações da Petrobras, enquanto o valor do minério de ferro caía durante as negociações em Dalian, exercendo influência sobre as ações da Vale.
Veja a cotação
O dólar comercial está sendo negociado para venda a R$ 5,267; compra R$ 5,266; máxima R$ 5,287; mínima R$ 5,199.
Enquanto o dólar turismo está sendo vendido R$ 5,487; e a compra a R$ 5,307.