O dólar subia nesta quarta-feira, 16, com investidores atentos à política monetária dos Estados Unidos e à situação fiscal do Brasil, depois da entrevista do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à TV Record no dia anterior.
Às 12h20, a moeda norte-americana tinha alta de 0,74%, cotada a R$ 5,465. O movimento seguia a tendência de alta em mercados emergentes, como o rand sul-africano e o peso mexicano.
Já o Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, inverteu o sinal e passou a operar em leve alta, de 0,28%, aos 129.469 pontos.
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No Brasil, o mercado reagia às declarações de Lula em entrevista à Record, que causaram incertezas sobre a política fiscal. Ele afirmou que não é obrigado a cumprir a meta fiscal se houver “coisas mais importantes para fazer”.
Por outro lado, Lula garantiu que a meta de déficit zero para este ano não está descartada e que fará o necessário para cumprir o arcabouço fiscal. Ele também disse que precisa ser convencido sobre cortes de gastos em 2024.
No entanto, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que pode haver bloqueio e contingenciamento no Orçamento, no relatório bimestral de receitas e despesas que será publicado no próximo dia 22 de julho.
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“Passado os 2,5% [do teto de despesa do arcabouço], tem que haver contrapartida de bloqueio e contingenciamento no caso de receita [abaixo do esperado]. Nós estamos com essa questão pendente, ainda, do cumprimento da decisão do STF sobre a compensação [da desoneração da folha de salários]”, disse Haddad.
Na próxima segunda-feira, 22, o governo vai enviar ao Congresso um documento em que indica a necessidade de bloqueio para cumprir o teto de despesas e contingenciamento para não estourar a meta fiscal.
O relatório da próxima semana é visto como um teste do compromisso da equipe econômica com o equilíbrio fiscal.
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Relatório do Fed deve impactar dólar
Nesta quarta-feira, o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano) divulga o Livro Bege, relatório sobre a economia local. O mercado espera sinais sobre possíveis cortes na taxa de juros, que atualmente permanece no intervalo de 5,25% a 5,50%.
Operadores estimam três cortes de juros neste ano, começando em setembro, seguidos por novembro e dezembro, com 68 pontos-base de afrouxamento em 2024, segundo a ferramenta FedWatch da CME.
O otimismo é impulsionado por declarações recentes do presidente do Fed, Jerome Powell. Em um evento no Clube Econômico de Washington, ele disse que as leituras de inflação dos últimos três meses “aumentaram um pouco a confiança” na meta de 2%.
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“No segundo trimestre, na verdade, fizemos um pouco mais de progresso”, afirmou Powell. “Tivemos três leituras melhores, e, se fizermos a média delas, é uma posição muito boa.”
Um maior afrouxamento monetário nos EUA tornaria o dólar menos atraente, à medida em que os rendimentos dos Treasuries diminuem.
Nesta terça-feira, 16, a bolsa fechou em queda de 0,31%, com o dólar a R$ 5,428.
Com um presidente que deixou o mundo laboral no final dos anos 70- tendo, a partir daí, todas suas despesas custeadas por terceiros, exigir dele alguma responsabilidade com gastos (mundo real), e pedir muito.