A fintech Payhop anunciou nesta quarta-feira, 16, um aporte de R$ 11,5 milhões em uma rodada de capital liderada pelo Experian Ventures — o braço de venture capital da Serasa Experian.
A rodada também contou com a participação da Domo Invest e da Citrino Gestão. As informações são da Exame.
Fundada há dois anos por Eduardo Rossi e Arthur Fontana, a Payhop atua há sete meses no mercado. A startup foi criada com o objetivo de viabilizar crédito para varejistas comprarem de seus fornecedores utilizando os recebíveis do cartão como garantia.
Assim, a empresa atende tanto o varejo quanto a indústria. Para o primeiro segmento, facilita o acesso ao crédito e reduz despesas com antecipações; para o segundo, permite vendas com menor risco de crédito.
Uma recente decisão do Banco Central (BC) proporcionou aos lojistas maior liberdade para oferecer seus recebíveis como garantia de crédito.
“Identificamos na Payhop um importante fit estratégico”, afirma Fabrini Fontes, diretor de investimentos da Serasa Experian. “Um dos principais desafios ao crédito para varejistas é o de análise do risco de inadimplência. A solução oferecida pela Payhop em parceria com a Serasa Experian endereça precisamente essa dor, permitindo ao fornecedor vender mais, com menor risco de crédito nas vendas a prazo”, completa.
Fintechs no Brasil
Segundo o relatório 2021 Global Fintech Rankings, o Brasil é o maior ecossistema de fintechs da América Latina & Caribe e se consolida como um dos grandes em nível global. O ranking continua com o Uruguai ocupando a segunda posição e o México na terceira. Colômbia e Chile são o quarto e o quinto da lista, respectivamente. O Brasil também escalou cinco posições no ranking global, alcançando a 14ª colocação. Estados Unidos, Reino Unidos, Israel, Singapura e Suíça lideram a classificação.
O relatório, produzido pela Findexable em parceria com a Mambu, uma fintech alemã de soluções bancárias na nuvem, afirma que, mesmo com a pandemia de covid-19, 2020 foi um ano de grande expansão para essas startups. Segundo o diretor-geral da Mambu no Brasil, Sergio Constantini, “as fintechs são empresas de tomada de decisão ágil, que atendem a necessidades muito variadas de clientes do setor financeiro e estão revolucionando esses serviços, que se tornam cada vez mais fáceis, rápidos e simples”.
Brasil, fábrica de fintechs
Em coluna publicada na Edição 63 da Revista Oeste, Dagomir Marquezi vaticinou que os “bancões” vão ter de rebolar para fazer frente às inovações tecnológicas e financeiras que o mercado está criando.
“A explosão das fintechs tem a ver com a pandemia da covid-19? Sim, claro. Quem quer continuar frequentando agências de banco? Mas a pandemia foi apenas o gatilho para um fenômeno que esperava o momento certo para explodir. As fintechs são também fruto de fatores tecnológicos, como inteligência artificial, evolução do big data, processos de automação robótica e blockchain”, escreveu o colunista.