Diversas entidades brasileiras elogiaram o acordo entre Mercosul e União Europeia (UE), anunciado nesta sexta-feira, 6, pela presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.
O Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) disse em comunicado que o acordo deve ampliar as exportações nacionais de produtos como carne, soja e café.
“Além de alavancar o comércio internacional, o consenso histórico ratifica o reconhecimento da qualidade do agronegócio brasileiro, garantida pela atuação de auditores fiscais federais agropecuários espalhados por todo o Brasil”, escreveu a Anffa.
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A entidade disse ainda que a parceria representa uma das maiores áreas de livre comércio bilaterais do mundo e que abre oportunidades de comércio e investimentos entre os dois blocos.
“Produtos agrícolas brasileiros, como suco de laranja, frutas, café solúvel, peixes, crustáceos e óleos vegetais terão tarifas eliminadas”, disse o sindicato. “Além disso, exportadores brasileiros também terão preferência na venda de carnes bovina, suína e de aves, açúcar, etanol, arroz, ovos e mel.”
Já o Centro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp) destacou que o acordo entre Mercosul e União Europeia oferece uma série de oportunidades para fortalecer a presença do país no comércio internacional e aumentar sua competitividade global.
“Com a abertura do mercado europeu, o acordo proporciona uma inserção internacional alinhada com a agenda de crescimento inclusivo e sustentável, o que é essencial para garantir ganhos econômicos e sociais de longo prazo”, observa o presidente da Ciesp, Rafael Cervone.
“A abertura do mercado europeu, que representa uma das economias mais robustas do mundo, permitirá ao Brasil fortalecer sua presença nas cadeias globais de valor”, acrescenta Cervone.
Ele disse ainda que a parceria vai permitir ao Brasil diversificar a pauta de exportações. “Com isso, nosso país reduz a dependência de poucos mercados, aumentando sua resiliência econômica frente a crises e volatilidades globais”, disse. “Isso é crucial para garantir maior estabilidade e sustentabilidade no crescimento econômico do Brasil, ao mesmo tempo em que fortalece a competitividade de nossa indústria.”
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Abag celebra acordo entre Mercosul e UE
Quem também comentou sobre a nova parceria do Mercosul foi a Associação Brasileira do Agronegócio (Abag). Em nota, a entidade afirmou que o avanço do acordo tem peso institucional grande e que as “oportunidades comerciais” vão gerar impactos positivos para a economia do Brasil.
“Teremos novas agendas comuns nas áreas de novos combustíveis e tecnologias de processos industriais, mais cooperando do que competindo, conjugando inovações em serviços digitais e fortalecendo os instrumentos de democracias”, afirmou o vice-presidente da Abag, Ingo Plöger.
“A Abag em suas atuações internacionais agora será ainda mais demandada para buscar estas conjugações”, continuou. “Mais mercado, melhor cooperação, competição na diversidade e inovação, e expandindo a participação do privado nos desenvolvimentos sustentáveis.”
Isso é apenas um factoide , como conversa de bebados em meio a uma festa.
Nem chega a ser uma mera carta de intenções.
A França é contra a Polonia tambem…..
Essa novela já se passou outras vezes…
Que o acordo será magnífico para o agro brasileiro, não resta a menor dúvida. O que me chama a atenção que o país europeu que mais incentivou e forçou a aceleração do acordo foi a Alemanha, que está em crise e precisa urgentemente aumentar suas exportações de manufaturados, máquinas e equipamentos. Como isso pode ser bom para a indústria brasileira, ainda não entendi, acho que só a Miriam Leitão para explicar!