Analistas do mercado financeiro voltaram a reduzir a expectativa para a inflação deste ano, mas elevaram a de 2023 e de 2025, segundo estimativas do mercado divulgadas nesta segunda-feira, 19, pelo Relatório Focus, do Banco Central.
A projeção para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), índice oficial da inflação, caiu de 5,79% para 5,76% em 2022, e subiu de 5,08% para 5,17% em 2023 e de 3,02% para 3,10% em 2025. Para 2024, permaneceu em 3,50%.
Quanto ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todas as riquezas do país, o mercado manteve a previsão de crescimento em 3,05% neste ano e de 2,00% em 2025, elevou a de 2023 de 0,75% para 0,79% e reduziu a de 2024 para 1,70% para 1,67%.
A expectativa para a taxa de juros permaneceu em 11,75% no fim de 2023 e 8% no fim de 2025, mas subiu no fim de 2024, de 8,50% para 9,00%.
Já a estimativa para o dólar se manteve em R$ 5,25 neste ano, mas registrou leve alta nos próximos 3 anos: de R$ 5,25 para R$ 5,26 em 2023, de R$ 5,24 para R$ 5,25 em 2024 e de R$ 5,23 para R$ 5,30 em 2025.
O Focus, que inclui a consulta a mais 100 instituições financeiras, é divulgado semanalmente pelo Banco Central.
Na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) deste mês, o BC atualizou suas projeções para a inflação com estimativas de 6,0% em 2022, 5,0% em 2023 e 3,0% para 2024. E manteve a Selic em 13,75% ao ano pela terceira vez seguida.
O comitê também reforçou o alerta fiscal, citando que há “elevada” incerteza sobre o futuro do arcabouço para as contas públicas. Mas o BC pregou serenidade e sinalizou que vai acompanhar o desenho final da PEC da Gastança.