A montadora General Motors anunciou a demissão de cerca de mil funcionários em várias partes do mundo. A medida visa a redução de custos, além de enfrentar um mercado automotivo cada vez mais saturado e competitivo. A maioria dos demitidos pertence ao setor administrativo. As notificações ocorreram na última sexta-feira, 15.
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Em comunicado oficial, a General Motors ressaltou a necessidade de “otimizar a velocidade e a excelência” nas operações. Isso envolve uma reestruturação para melhorar a eficiência e focar em prioridades essenciais.
A empresa, assim como outras montadoras, está enfrentando uma transição para veículos elétricos, o que demanda decisões estratégicas sobre onde alocar recursos financeiros.
O crescimento dos veículos elétricos
Até setembro de 2024, as vendas de veículos elétricos nos Estados Unidos aumentaram 7,2%, segundo o site Motorintelligence.com. Apesar de esse crescimento ser menor que os 47% de 2023, espera-se que as vendas deste ano superem o recorde do ano passado de 1,1 milhão de unidades.
A participação dos veículos elétricos no mercado subiu para 7,9%, em comparação com os 7,6% do ano anterior. Esse aumento ocorre em meio a significativos investimentos em tecnologia e infraestrutura para veículos elétricos, uma área que a General Motors busca expandir agressivamente.
Estratégias e impactos no quadro de funcionários da General Motors
A General Motors emprega aproximadamente 150 mil pessoas globalmente, com um grande número de funcionários em seu centro técnico em Warren, próximo a Detroit, nos Estados Unidos. No fim do ano passado, a empresa contava com 76 mil empregados administrativos em todo o mundo.
O diretor financeiro global da General Motors, Paul Jacobson, declarou recentemente que a empresa está no caminho certo para atingir a meta de cortar US$ 2 bilhões em custos fixos até o fim deste ano. Isso é parte de um esforço para fortalecer a posição financeira da companhia.
Medidas anteriores e desafios futuros
Em abril, a General Motors ofereceu pacotes de demissões voluntárias a cerca de 5 mil funcionários administrativos. À época, essa medida ajudou a evitar dispensas.
Esses pacotes foram disponibilizados a funcionários com mais de cinco anos de serviço e a executivos globais com pelo menos dois anos na empresa.
Entretanto, a companhia já havia comunicado que, mesmo com essa medida, não poderia descartar completamente a possibilidade de demissões futuras.