Em relatório a clientes nesta terça-feira, 9, o banco norte-americano Goldman Sachs recomendou a venda de ações do banco Bradesco. Apesar disso, o banco continua otimista com as instituições financeiras da América Latina.
No relatório, a recomendação para o banco brasileiro saiu de “neutro” para “venda”. O documento salienta que os problemas estruturais da instituição podem persistir e, assim, limitar sua capacidade de recuperar a lucratividade.
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Além disso, o banco de investimento estima que o retorno sobre o patrimônio (ROE) do Bradesco está muito abaixo da média histórica de dez anos (18%) até 2025. Depois da recomendação de venda, as ações do Banco Bradesco (BBDC4) caíram cerca de 2,33%.
Em contrapartida, o Goldman Sachs manteve suas recomendações de “compra” para o Banco do Brasil, BTG Pactual e Itaú. Além disso, o banco dos Estados Unidos elevou sua recomendação da controladora Itaúsa de “neutra” para “compra”.
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Goldman Sachs mantém otimismo com bancos brasileiros
Apesar da recomendação de venda para o Bradesco, o Goldman Sachs continua otimista com os bancos brasileiros em 2024. “Os bancos no Brasil estão saindo de um ciclo de crédito, o que, juntamente com taxas mais baixas, deve beneficiar o crescimento do empréstimo”, estima.
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A instituição financeira norte-americana também espera que os bancos no México apresentem um crescimento de empréstimos mais forte, beneficiando-se de um ciclo de crédito bastante benigno e uma macroeconomia saudável.
A equipe da área de Research (responsável por analisar ativos de diferentes setores e fazer relatórios que recomendem ou não sua compra — ou até uma opinião neutra) do Goldman Sachs ainda listou dez temas-chave que devem afetar as ações do setor financeiro neste ano:
- 1) Um ambiente de taxas de juros mais baixas, dado que a maioria dos Bancos Centrais deverá cortar as taxas de juros neste ano;
- 2) Taxas mais baixas podem beneficiar o crescimento do empréstimo;
- 3) O ciclo de crédito no Brasil deve melhorar, permanecendo muito benigno no México, com principais riscos na Colômbia e no Peru;
- 4) O ambiente regulatório no Brasil deve continuar favorecendo a competição;
- 5) Eleições e near-shoring no México;
- 6) Mudanças no Balanço Patrimonial (BP) no Chile;
- 7) Empréstimos rurais no Brasil, riscos de El Niño no Peru, e na Colômbia;
- 8) A interrupção digital deve continuar no Brasil, ganhando destaque em toda a região;
- 9) Foco contínuo na eficiência;
- 10) Valoração atrativa no Brasil e no México.
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