A privatização da Eletrobras deve abastecer os cofres do governo federal com R$ 25 bilhões. A estimativa é do secretário do Ministério da Economia Diogo Mac Cord. Segundo ele, espera-se que o processo de repasse à iniciativa privada seja concluído em dezembro deste ano. Conforme noticiou Oeste, o presidente Jair Bolsonaro entregou a medida provisória que viabiliza a venda da estatal de energia. Lideranças do Congresso Nacional sinalizaram que o texto passará nas duas Casas.
“Empresa pública oscila mais que empresa privada. Quem investe precisa ter estômago forte”, afirmou Diogo Mac Cord
O valor a ser arrecadado é maior que o previsto inicialmente, de R$ 16 bilhões. Isso porque o projeto do governo incluiu a possibilidade de renovação antecipada da hidrelétrica de Tucuruí, um dos principais ativos da subsidiária Eletronorte. A usina tem 4 mil megawatts (MW) médios de garantia física e sua concessão vence em 2024, mais da metade dos 7,5 mil MW médios das outras usinas da Eletrobras que também terão os contratos alterados.
Governo liberal
Conforme Mac Cord, a venda da Eletrobras é prova do comprometimento do governo com a agenda liberal e o programa de privatizações. Ainda de acordo com ele, as oscilações no mercado sobre as ações da Petrobrás e Eletrobras são “comuns” pelo fato de serem empresas públicas. “Empresa pública oscila mais que empresa privada. Quem investe precisa ter estômago forte”, observou, em entrevista coletiva, na quarta-feira 24.
Leia também a entrevista com Diogo Mac Cord, publicada na Edição 47 da Revista Oeste
Menos um elefante na sala.