Valores serão depositados até 31 de agosto de forma proporcional aos saldos de cada conta do FGTS que tinha recursos em 31 de dezembro
O Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviços (FGTS) aprovou nesta terça-feira, 11, a proposta do governo para distribuição de R$ 7,5 bilhões entre os trabalhadores cotistas, referentes à parte do lucro do fundo em 2019.
Os valores serão depositados até 31 de agosto de forma proporcional aos saldos de cada conta do FGTS que detinha recursos em 31 de dezembro do ano passado.
Isso equivale a 66,23% do resultado total do FGTS em 2019, que teve superávit de R$ 11,324 bilhões.
Em 2019, o governo distribuiu 100% do lucro do fundo, dividindo R$ 12,22 bilhões entre as contas ativas e inativas do fundo. Ainda no fim do ano passado, o presidente Jair Bolsonaro vetou uma nova distribuição integral do resultado neste ano.
De acordo com o conselho curador do fundo, a divisão de R$ 7,5 bilhões com os trabalhadores e a soma de juros e atualizações monetárias dão uma rentabilidade total de 4,90% para as contas no ano passado.
“Essa rentabilidade total é superior a aplicações com risco e tributação semelhantes (a caderneta de poupança, por exemplo), supera a rentabilidade da inflação medida pelo IPCA no ano passado, proporcionando um ganho real aos saldos, em cumprimento ao objetivo estratégico do Fundo de preservar o poder de compra dos recursos dos trabalhadores sob o FGTS”, apontou o Conselho Curador.
Resultado
O Conselho Curador também aprovou nesta terça as Demonstrações Financeiras Consolidadas e o Relatório de Gestão do FGTS de 2019. Os documentos seguem agora para o Tribunal de Contas da União (TCU).
A arrecadação do FGTS chegou a R$ 128,7 bilhões em 2019. Os saques do fundo totalizaram R$ 151,3 bilhões, incluindo R$ 26 bilhões referentes ao saque imediato criado no ano passado. No fim do ano, o saldo total do FGTS nas contas dos trabalhadores era de 422,2 bilhões.
Dos R$ 536 bilhões em ativos do fundo no fim de 2019, R$ 385 bilhões estavam direcionados a operações de crédito, R$ 125 bilhões investidos em títulos públicos e privados, e ainda R$ 26 bilhões aplicados em fundos de investimento.