O ministro de Minas e Energia, Adolfo Sachsida, disse que, nos próximos meses, o governo deve anunciar medidas para reduzir em até 10% as tarifas de energia para 2023.
“O Brasil continuará tendo novas reduções de energia, vai ficar mais barata”, afirmou, na sexta-feira 7, durante entrevista ao programa A Voz do Brasil, da TV Brasil.
Sachsida não deu detalhes sobre as medidas, mas disse que elas ajudariam a reduzir a má alocação de recursos e ineficiências no setor elétrico.
Neste ano, em virtude da redução de impostos incidentes sobre energia e combustíveis, aprovada pelo Congresso Nacional, o preço caiu significativamente e teve impacto sobre a deflação registrada em julho e agosto no país.
A expectativa é que haja uma redução de 10% na conta da energia elétrica. “Isso diminui o custo de produção no Brasil, o que reduz o preço de todas as mercadorias”, disse Sachsida. “Por isso que nosso país está indo para um terceiro mês de deflação. Enquanto a Europa bate recordes de inflação, temos deflação. Aliás, pela primeira vez na história, a inflação brasileira será menor que a americana, a alemã e a inglesa.”
Sobre combustíveis, apesar de a Petrobras ter voltado a praticar preços de combustíveis em suas refinarias abaixo da paridade internacional esta semana, Sachsida disse que o governo vai continuar empreendendo esforços por novas reduções.
Pela política de preços da estatal, esses insumos deveriam ser reajustados para cima para acompanhar o movimento de alta do exterior, motivado pela alta do petróleo em função de cortes na produção da Opep. “Estamos trabalhando para reduzir mais o preço dos combustíveis”, disse.
O ministro ainda afirmou que, nas próximas semanas, haverá um “marco” para a produção de energia eólica offshore (no mar) e hidrogênio verde. Quanto à primeira modalidade, as regras foram estabelecidas em uma portaria que está em consulta pública até 9 de outubro.