O governo federal decidiu, nesta semana, manter a mistura de biodiesel no diesel em 14%, medida vigente desde março do ano passado. A decisão busca mitigar possíveis impactos no preço dos combustíveis, já que o biodiesel é mais caro que o diesel comum.
Inicialmente, estava previsto que o porcentual de biodiesel aumentaria para 15% no começo de março de 2025. No entanto, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) optou por adiar essa mudança, ao considerar os efeitos no mercado.
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A maioria dos produtos no Brasil é transportada por rodovias, onde o diesel é o principal combustível. Assim, um aumento no preço do diesel poderia gerar efeitos em cadeia nos preços dos alimentos e outros bens de consumo.
O governo Luiz Inácio Lula da Silva enfrenta desafios com a inflação e a queda na avaliação positiva do presidente. Essa decisão é parte dos esforços para controlar a elevação dos preços e melhorar a opinião pública.
CNPE controla produção de biodiesel
A política de biocombustíveis no Brasil é coordenada pelo CNPE, sob a liderança do Ministério de Minas e Energia. A Lei do Combustível do Futuro regula a mistura de etanol na gasolina e permite variações entre 22% e 35%. Atualmente, a mistura de etanol é de 27,5%.
Além disso, está previsto que a adição de biodiesel ao diesel aumentará gradativamente, começando em março de 2025, até atingir 20% em 2030.