O Orçamento da União em 2022 é estimado em R$ 2 trilhões. No entanto, apenas 6% desse montante, menos de R$ 100 bilhões, podem ser investidos em infraestrutura e políticas públicas. Reportagem publicada na Edição 84 da Revista Oeste mostra que o restante (94%) está comprometido com o pagamento de salários de servidores, aposentadorias e encargos da dívida pública.
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As chamadas despesas descricionárias incluem também os gastos com saúde, educação, pesquisas científicas, entre outros. “O Orçamento é uma peça engessada e inviável”, escreveu o economista Ubiratan Jorge Iorio, colunista de Oeste. “É um hino ao inexequível, um tributo à insensatez, um laudatório de desrespeito à legislação, visto que não cabe ao Congresso deliberar sobre o que é atribuição exclusiva do Executivo. Trata-se, em suma, de um monstro que vai paralisar o governo.”
Sou favorável ao Teto de Gastos, mas o orçamento tem que ser repensado e melhor equacionado. O valor que sobra para a execução do governo é irrisório e fictício, obriga o governante a fazer milagres acrobáticos e o prende em amarras que acabam prejudicando sua atuação e quem sai perdendo é a população, o elo fraco da corrente.