O Grupo Pão de Açúcar, dono das redes Pão de Açúcar e Extra, informou nesta segunda-feira, 11, que revisou seu plano de expansão para os próximos três anos.
O prazo de abertura de 300 novas lojas do Pão de Açúcar não será mais para 2024, mas 2026.
A companhia informou em comunicado à Comissão de Valores Mobiliários que o seu plano anterior buscava a abertura das novas lojas entre 2022 e 2024.
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Dessa meta, o grupo inaugurou 121 lojas até setembro deste ano, sendo que 11 possuem previsão de inauguração ainda em 2023, totalizando 132 lojas.
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“O GPA decidiu rever o prazo final desse plano de 2024 para 2026, devido às considerações sobre a otimização do nível de investimentos da companhia, objetivando o melhor retorno possível para o acionista, dadas as condições de mercado mais recentes”, comunicou o grupo.
Em comunicado, a companhia disse que deve ter as 168 lojas remanescentes “sendo inauguradas entre janeiro de 2024 e dezembro de 2026, sendo 151 próximas de 17 Supermercados”.
Grupo Pão de Açúcar deve ofertar ações para diminuir endividamento
Nesta segunda-feira, a varejista informou que deverá apresentar uma oferta pública de distribuição de ações com um valor em cerca de R$ 1 bilhão. A oferta visa a diminuir o endividamento do grupo de R$ 3 bilhões.
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A empresa anunciou também que foi convocada para uma Assembleia-Geral Extraordinária em 11 de janeiro de 2024. Nesta convocação, a empresa deve deliberar sobre um aumento de capital autorizado para até 800 milhões de ações.
Além da medida, deverá acontecer uma proposta de eleição para uma nova chapa para o Conselho de Administração do Pão de Açúcar.
Esse espalhamento dos investimentos em novas lojas de 1 para 3 anos mostra claramente o q a ponta q lida com o consumidor está vendo em termos de desenvolvimento da demanda. Com a óbvia queda no consumo das famílias, cadeias de supermercados como o Pão de Açúcar precisam revisar seus planos de expansão. Tivesse a economia em franco crescimento, como querem fazer crer o governo, a Blobo e a M. Porcão, a decisão do PA seria no sentido contrário. Mas a realidade sempre se impõe e o setor privado não é louco de deixar de se ajustar.