Horas depois de a Petrobras anunciar nesta quinta-feira, 10, aumento de combustíveis, em decorrência da crise global gerada pelo conflito Rússia-Ucrânia, o ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou a hipótese de mexer na política de preços da Petrobras, caso a situação se prolongue. No entanto, acenou com a possibilidade de subsídios do Tesouro Nacional para o diesel.
“Se isso se resolve em 30 ou 60 dias, a crise estaria mais ou menos endereçada. Agora, vai que isso se precipita e vira uma escalada? Aí sim, você começa a pensar em subsídio para o diesel”, declarou Guedes, durante entrevista coletiva, após reunião com o ministro Bento Albuquerque, das Minas e Energia.
Os novos valores anunciados pela Petrobras para as distribuidoras são os seguintes: a gasolina passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 o litro, um aumento de quase 19%; o diesel, de R$ 3,61 para R$ 4,51, um aumento de quase 25%; e o gás de cozinha, de R$ 3,86 para R$ 4,48 o quilo, um aumento de 16%. A mais recente alteração no preço dos combustíveis aconteceu em 11 de janeiro.
“Por enquanto, a ideia é a seguinte. O primeiro choque foi absorvido. Agora, vamos observar. Vamos nos movendo de acordo com a situação”, afirmou o ministro.
Também nesta quinta-feira, o Senado aprovou a criação de uma Conta de Estabilização dos Preços dos Combustíveis (CEP), um fundo com o objetivo de conter a alta dos preços. A proposta vai agora para a Câmara dos Deputados.
Pelo texto aprovado no Senado, o fundo funcionará como uma espécie de “colchão”, para amenizar o impacto das altas; e será alimentado por receitas federais, como recursos pagos pela Petrobras à União.
A proposta, relatada pelo senador Jean Paul Prates (PT-RN), também cria o auxílio-gasolina, destinando um “vale” nos valores de R$ 100 e R$ 300 por mês para taxistas, mototaxistas e motoristas de aplicativos. O custo total está limitado a R$ 3 bilhões.
Um subsídio temporário e que seja aplicado diretamente ao diesel é uma alternativa viável à volatilidade do preço do combustível, desde que acompanhada de corte de gastos. Caso contrário, haverá interferência no mercado mascarada de subsídio que levará ao descontrole das contas públicas, e essa história nós já sabemos para onde nos levará. by o/
O posto Ipiranga deixou de ser liberal, agora quer intervir no mercado para favorer o Bolsonoro. FDP, só vivia a criticar a intervenção do estado a economia e agora vem com essa. Pegue seu banquinho e saia de fininho, posto Ipiranga!
Entendo sua insatisfação Washington, eu também gostaria que não necessitasse dessa interferência que ainda não foi implantada, mas sabemos que um livre mercado as vezes não é capaz de ele próprio se estabilizar (basta relembrar a Crise de 1929 e o Modelo Keynesiano) e ainda mais em um nicho dominado por um cartel mundial de petróleo atuando em diferentes economias fica mais difícil de mudar essa realidade. O aumento generalizado de preço está a um passo de engatar a segunda marcha.
Sr. Washington, pelo que li o Guedes descarta a hipotese de mexer com o politica de preços da Petrobras e caso a instabilidade mundial continue, aceita a possibilidade de subsidio do Tesouro Nacional somente ao DIESEL. Não dá para subsidiar gasolina e não é o que Guedes esta propondo. Defende com razão a paridade internacional de preços porque permite a livre concorrência e não quebra a Petrobras que neste conseguiu pagar à UNIÃO mais de R$ 30 bi em dividendos, e portanto que faça a politica social mais correta com esse dinheiro. À Petrobras, por ser uma empresa de economia mista, não cabe fazer politica social, com grande parte de seu patrimônio sendo de investimentos de acionistas minoritários que em 2010 capitalizaram a empresa em mais de R$100 bi para explorar o pré-sal, e somente em 2021 viram o resultado de uma empresa saneada e lucrativa. O que o senhor quer dizer que Guedes quer favorecer Bolsonaro?