O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que o pacote de gastos do governo está pronto e só depende de ajustes com o Ministério da Defesa. As declarações foram dadas em entrevista exclusiva ao canal Times Brasil, veiculada na noite deste domingo, 17.
Segundo Haddad, o conjunto de medidas acordado com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é do tamanho que a área econômica elaborou.
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“Está fechado com o presidente o conjunto de medidas, e vamos anunciar brevemente”, disse Haddad. “Está faltando resposta de um ministério, o Ministério da Defesa. Tivemos boas reuniões com ministro, com os comandantes das Forças [Armadas], pedimos para incorporar o máximo possível para aproveitar o ensejo e corrigir distorções.”
O ministro disse esperar que titulares de outras pastas pressionem para que os recursos dessas pastas sejam poupados.
“Fui ministro da Educação e já reclamei também”, acrescentou. “Cada ministério defende sua agenda, mas o que estamos fazendo é para que todos possam crescer juntos. O pior dos mundos seria disputar fatias de um bolo que não aumenta.”
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À Times Brasil, Haddad defendeu a ideia de que os ajustes nas contas públicas devem ser feitos para garantir a sustentabilidade e a credibilidade do arcabouço fiscal.
“O objetivo é que o Brasil continue crescendo com sustentabilidade”, afirmou. “[O pacote] tem o tamanho que a Fazenda apresentou para o presidente”, disse o ministro.
Haddad vê reforma tributária e arcabouço como positivas
O ministro afirmou ainda que a reforma tributária e o arcabouço fiscal foram realizações positivas para a economia brasileira. No entanto, disse que precisam ser intensificadas com o ajuste das contas públicas e com o combate dos gastos tributários.
“Precisamos fazer com que a despesa cresça num ritmo moderado e que a receita seja recomposta”, disse. “Perdemos muita receita dando incentivo para empresário e, muitas vezes, não vem nada em troca.”
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O anúncio das ações que compõem o pacote deve ocorrer depois da Cúpula do G20, que acontece no Rio de Janeiro nesta segunda, 18, e na terça-feira, 19.
Haddad disse que o Brasil vai insistir no G20 em uma visão de um projeto sustentável planetário. Ele citou o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua promessa de fazer uma grande deportação de imigrantes.
“Elegeram um presidente que quer deportar; os americanos aprovaram, ok”, pontuou. “Mas vai fazer o que com as pessoas? Não adianta impedir venezuelanos, africanos ou mexicanos de sair e procurar oportunidades. Porque tem de construir as oportunidades.”
O Poste não sabe somar uma fração com um inteiro……. Vai fazer conta com ladrão? ” um pra você e quatro pra mim”, conheço esta historinha…..