O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve alta de 0,51% em outubro, frente a 0,45% do mês anterior. No acumulado, a variação representa -4,4% no ano e -4,27% em 12 meses.
Segundo o coordenador dos índices de preços da Fundação Getulio Vargas (FGV), André Braz, dois dos três índices componentes apresentaram aceleração. A taxa do índice ao produtor (IPA) saiu de 0,51% para 0,57%, enquanto a taxa do índice ao consumidor (IPC) subiu de 0,27% para 0,45%.
O índice IGP-DI é um indicador do movimento de preços que serve às comunidades econômicas nacional e internacional como termômetro de inflação no Brasil. Ele conta com atualizações mensais por parte da FGV.
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“As commodities bovinos e cana-de-açúcar, de -6,22% para 8,33% e -0,14% para 2,30% respectivamente, responderam por parte importante do resultado do IPA”, afirmou Braz. “No IPC, o setor de serviços predominou, com destaques para os aumentos nas passagens aéreas, de 8,46% para 24,87%, e no condomínio residencial, de 0,22% para 0,79%.”
Índice de Bens Intermediários também sobe em outubro
O Índice de Bens intermediários subiu 0,41% em outubro, frente a 0,18% do mês anterior. Esse índice mensura a variação dos preços dos bens que são produtos para a fabricação de máquinas, ferramentas e outros equipamentos.
De maneira geral, seus custos podem afetar diretamente nos preços dos produtos finais.
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O estágio das matérias-primas brutas subiu 0,85% em outubro, depois de variar 0,14% em setembro. Os itens que tiveram alta e contribuíram com a elevação dos preços foram:
- bovinos: de -6,22% para 8,33%;
- cana-de-açúcar: de -0,14% para 2,3%; e
- aves: -3,82% para 1,17%.
Os itens que tiveram queda foram:
- minério de ferro: 7,72% para 2,81%;
- soja em grão: 0,78% para -2,34%; e
- arroz em casca: 7,71% para 2,60%
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