O Ibovespa caiu 1,12% nesta quarta-feira, 1º, fechando o dia com 100.774 pontos. Trata-se da segunda queda consecutiva do principal índice da Bolsa de Valores do Brasil (B3). Desde 5 de novembro de 2020, quando chegou aos 100.751 pontos, o mercado brasileiro não descia a um patamar tão baixo.
O mau desempenho ocorre sobretudo em razão das incertezas relacionadas à nova variante do coronavírus, a Ômicron. Os primeiros casos da nova cepa foram descobertos nos Estados Unidos e no Brasil. Ao mesmo tempo, a Alemanha registrou o maior número de mortes por covid-19 em nove meses.
De acordo com o jornal Valor Econômico, os investidores ainda têm dúvidas sobre a eficácia das vacinas contra a nova variante. Nesse sentido, o mercado deverá ficar em compasso de espera nas próximas semanas, reagindo às notícias positivas e negativas, monitorando internações e mortes.
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Mas não é apenas a crise sanitária que derrubou o mercado. O presidente do Federal Reserve (Fed), o Banco Central dos EUA, voltou a afirmar que pode acelerar seu programa de redução de estímulos para tentar frear a escalada da inflação. Isso deve causar impacto direto na economia mundial.
No Brasil, os investidores aguardavam a votação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) dos Precatórios. No entanto, a avaliação do texto ficará para amanhã, quinta-feira 2, porque o governo federal ainda não conseguiu os votos necessários para sua aprovação.
Em 2021, o Ibovespa desvalorizou-se em 15,3%.
Além do Ibovespa
O dólar subiu 0,63% nesta quarta-feira, terminando o dia cotado a R$ 5,67. É o menor patamar desde 13 de abril, quando fechou em R$ 5,71. Trata-se da quarta alta consecutiva da moeda norte-americana. Com a movimentação de hoje, o dólar acumula alta de 9,3% neste ano.
(O valor do dólar divulgado refere-se ao dólar comercial. Para quem vai viajar e precisa comprar moeda em corretoras de câmbio, o valor é mais alto.)