A inflação de dezembro foi de 0,52%, acima dos 0,39% registrados em novembro. A informação foi divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 10.
Com isso, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) fechou o ano com alta acumulada de 4,83%. O número superou em 0,21 ponto porcentual (p.p.) o índice de 2023 (4,62%) e ficou 0,33 p.p. acima do teto da meta de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que era de 4,5%.
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Segundo o IBGE, os maiores impactos sobre a inflação de 2024 vieram do grupo alimentação e bebidas, que acumulou alta de 7,69% em 12 meses e contribuiu com 1,63 ponto porcentual para o IPCA do ano.
Além disso, as elevações acumuladas nos preços dos grupos saúde e cuidados pessoais (6,09%) e transportes (3,30%) também tiveram impactos significativos (de 0,81 p.p. e 0,69 p.p., respectivamente) sobre a inflação do ano. Juntos, esses três grupos responderam por cerca de 65% da inflação de 2024.
Entre os 377 subitens que têm seus preços considerados no cálculo do IPCA, a gasolina foi o que exerceu o maior impacto (0,48 p.p.) individual sobre a inflação de 2024, com alta acumulada de 9,71% no ano.
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Em segundo lugar, veio o subitem plano de saúde, que subiu 7,87% em 12 meses e contribuiu com 0,31 p.p. para o IPCA de 2024. Na sequência, aparece a refeição fora do domicílio, que acumulou alta de 5,70% em 12 meses, com impacto de 0,20 p.p. no IPCA do ano.
Outro subitem em destaque foi o café moído, que exerceu o quarto maior impacto individual sobre a inflação do ano passado (0,15 p.p.) e acumulou alta de 39,6% em 2024.
Passagem aérea teve impacto negativo na inflação
Por outro lado, subitens com preços mais voláteis, como as passagens aéreas, ajudaram a puxar a inflação do ano para baixo, com queda acumulada de 22,20% em 2024 e impacto de -0,21 p.p. no IPCA de 2024.
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Da mesma forma, o tomate e a cebola fecharam o ano com queda acumulada de preços (-25,86% e -35,31%, respectivamente) e ambos tiveram o mesmo impacto (-0,07 p.p.) sobre o índice.
Para o gerente do IPCA, Fernando Gonçalves, “o índice foi puxado pela alta dos itens alimentícios, que sofreram influência de condições climáticas adversas, em vários períodos do ano e em diferentes localidades do país”.
“Além disso, assim como em 2023, a gasolina foi responsável pela maior contribuição no indicador em 2024”, acrescenta.
Marcio Pokemann maquiou esses dados novamente, com certeza, porque os preços estão caros demais…Impossível ser só isso de inflação.
Esse dado não é real. Tem mutreta aí. Qualquer um que vá ao supermercado, notará que os preços dos alimentos explodiram.