De acordo com dados da Bolsa de Valores de São Paulo (B3) da sexta-feira 19, os investidores estrangeiros tiraram R$ 3,4 bilhões da bolsa de uma só vez. A liquidação de ativos é o maior valor de retirada desde 2021.
Portanto, até o momento, a categoria acumula um saldo negativo de R$ 4,4 bilhões em janeiro, tendo caído cerca de 1,9% em 2023. Além disso, o investidor institucional sacou R$ 1,84 bilhão no mesmo dia, deixando o saldo do grupo em janeiro em déficit de R$ 3,02 bilhões.
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Já o investidor individual sacou R$ 209,5 milhões. No entanto, o movimento levou o saldo da categoria a um superávit de R$ 3,36 bilhões.
Apesar disso, no mesmo dia em que os estrangeiros sacaram bilhões da B3, o índice referência da bolsa (Ibovespa) teve um resultado positivo, com alta de 0,26%.
A grande liquidação de ativos veio depois de uma sequência de 11 entradas multimilionárias dos investidores. Além disso, essas e outras retiradas colaboraram com a queda do índice neste mês.
Mês tem sido conturbado para as bolsas de valores
Janeiro vem sendo bastante conturbado para diversas bolsas de valores, em razão de os mercados estarem receosos quanto aos cortes de juros nos Estados Unidos.
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Recentemente, o tom mais restritivo e duro dos diretores do Banco Central dos EUA, o Federal Reserve (Fed), revela que a redução dos juros deve demorar mais do que os investidores projetavam.
Por conta disso, as taxas dos títulos públicos americanos, os treasuries, de vencimentos maiores, têm subido. Portanto, o alto retorno desses títulos acaba interferindo nas bolsas de mercados emergentes, como o Brasil.
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